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Wesley Batista (JBS) apoia sugestões da Fenapec: Consebov, Anca e três balanças nos frigoríficos

A Fenapec (Frente Nacional da Pecuária) reuniu, em dezembro, a diretoria do JBS e pecuaristas na sede da Acrissul para tratar dos principais pontos da chamada Agenda Positiva, construída pelo grupo. Os principais assuntos abordados foram a criação do Consebov, a transparência da pesagem dos animais e a criação da Agência de Reguladora da Cadeia Produtiva da Carne.

Na avaliação do presidente da Acrissul, Francisco Maia, várias ações já foram realizadas com intuito de aproximar indústrias e produtores. “Iniciamos o ano com muitas discussões e terminamos com um consenso”, declarou.

O consenso a que se refere é o encaminhamento dos três principais aspectos na reunião. Com relação à pesagem a ideia é implantar um sistema contínuo nos frigoríficos com três balanças, sendo uma na insensibilização, a segunda na pré-limpeza e a terceira na pós-limpeza; buscar a criação do Consebov e por fim a instituição da Anca (Agência Nacional da Carne), nome sugerido pelo presidente da Acrissul.

Para a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa, a reunião foi um grande avanço para a cadeia produtiva. “Só pelo fato das partes estarem sentadas conversando já temos nisso um grande avanço, principalmente porque juntos estão buscando um caminho. Com isso evoluímos muito. Ainda há muito o que ser feito mas o entendimento de buscarmos colocar em prática esses três pontos, sendo a questão da pesagem; dos estudos para criação do Consebov e da Agência Reguladora, realmente foi um grande passo”, avaliou.

Para o presidente do Grupo JBS, Wesley Batista, o grupo apoia as sugestões em torno dos três principais temas discutidos na reunião. “São pontos que beneficiam tanto os produtores quanto o frigorifico. Defendo a ideia de que busquemos viabilizar a criação do Consebov e da Agência e quanto à pesagem também penso que seja fundamental uma conexão para coletar as informações das três balanças”, sugeriu.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, destacou que 2012 começou com discussões em tons muitas vezes agressivo e termina com um canal de comunicação. “Isso, com certeza é um avanço, uma importante mudança”, destacou. O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, compartilhou da mesma opinião e acrescentou que, “está sendo construída uma nova história da pecuária”.

Já o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, lembrou que a indústria construiu um novo modelo de atuação e o mesmo precisa ocorrer no campo. “Nós também precisamos construir um novo modelo para podermos avançar. Este é um desejo único e que está sendo proporcionado neste momento”.

Fonte: Fenapec, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

3 Comments

  1. Paulo Eduardo Candido disse:

    gostaria de parabenizar toda cadeia produtiva da carne e dizer que estamos no caminho certo para a uniao dos pecuaristas e frigorificos,poderiamos estender essa conversa ate os consumidores para que eles tambem se manifestem quanto a qualidade da carne oferecida a eles. assim todos se comprometeriam em dar a cadeia da carne mais credibilidade.Estamos ainda no Brasil muito longe de uma perfeita uniao entre quem produz carne e quem consome,precisamos estreitar mais esse relacionamento,abracos a todos
    Paulo Eduardo Candido-diretor industrial – Gold Meat

  2. renato morbin disse:

    Sinceramente e não consigo enxergar algo de útil nessas 3 balanças. Se o objetivo é controlar o rendimento de carcaça, ou a quantidade de limpeza que o frigorifico faz, não acho que esse processo de 3 balanças seja o ideal. Por outro lado se a intenção é coibir algumas praticas desonestas que alguns frigoríficos ainda insistem em fazer ( na verdade hoje são bem poucos os que fazem e não acredito ser praticado pelos grandes ) esse não seria o caminho, existem muitas formas mais seguras para se fiscalizar a questão do peso correto.

  3. Fabiano Pagliarini Santos disse:

    A questão não é 3 balanças, que são todas controladas pelo frigorifico, pois quase todos os produtores tem entendimento de rendimento de carcaça, a questão seria mais interessante três balanças, uma na insensiblização, duas na pós limpeza, uma do frigorífico e outra as associações de produtores, lacradas e fiscalizadas.
    A questão de todo produtor com relação as balanças frigoríficas, é o vício dessas balanças, portanto 3 balanças viciadas, não muda muita coisa. Por isso a sugestão de uma balança de associação de produtores, no pós-limpeza, o peso não poderá ser diferente da balança da indústria.
    Já ouvi relatos, não confirmei a informação, mas que em Pontes e Lacerda, quando o grupo Independência por lá operava o sindicato rural do município implantou a sua balança e o rendimento dos animais subiram consideravelmente.

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