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Vendas de sêmen bovino crescem em 2017

Mesmo com os problemas enfrentados pelo setor pecuário no ano passado, o mercado de genética bovina conseguiu fechar 2017 com um crescimento de 3,5% no volume de doses de sêmen comercializadas.

De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), foram vendidas 12.134.438 doses contra 11.721.722, em 2016. Esses dados fazem parte do Index ASBIA 2017, relatório anual que a entidade acaba de divulgar e que traz informações sobre as vendas internas e a exportação e importação de sêmen das raças bovinas de corte e de leite.

Para o presidente da Asbia, Sérgio Saud, esse é um resultado animador, principalmente porque, em 2017, a pecuária enfrentou queda no preço do leite pago ao produtor e as consequências da Operação Carne Fraca.

“Tivemos dois cenários bem distintos em 2017, com um primeiro semestre muito bom para as raças leiteiras e um segundo semestre de forte recuperação para as raças de corte. Isso garantiu um crescimento anual nos dois segmentos, sendo de 9,8% no leite e 0,6% no corte, chegando a 3,5% no geral”, explica Saud.

As exportações também fecharam em alta, com 15,4% de elevação no geral, chegando a 341.986 doses exportadas. O melhor desempenho ocorreu na pecuária de corte, que terminou o ano com 60% de aumento nas exportações. Países como Paraguai e Bolívia estão entre os maiores compradores da genética brasileira em 2017.

A recuperação do preço da arroba no segundo semestre permitiu aos produtores rurais a retomada dos investimentos em genética. Com isso, a queda de 3,4% registrada no primeiro semestre foi revertida. As raças de corte venderam juntas 8.071.287 doses de sêmen, lideradas pelas raças Nelore e Angus. Entre os estados que mais utilizaram a Inseminação Artificial (IA) no rebanho de corte, estão Paraná e Mato Grosso do Sul.

Sobre a expectativa para 2018, Saud acredita que o cenário verificado em 2017 seja um importante sinalizador de que este será mais um ano de crescimento nas vendas de sêmen.

As informações do Index Asbia foram processadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. “Neste ano, adotamos uma nova metodologia de análise do índice de uso da IA, com base no cálculo atualizado pelo Cepea/Esalq de fêmeas aptas à reprodução.

Por meio desta nova metodologia, é possível observar que a pecuária de corte vem investindo fortemente no uso da IA e no melhoramento genético do rebanho, enquanto a atividade leiteira parece relutar em ampliar o uso desta tecnologia que traz enormes benefícios aos criadores”, conclui Saud.

Fonte: Assessoria, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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