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Vendas de máquinas continuam em baixa

As vendas de máquinas agrícolas permaneceram fracas no país em janeiro, como reflexo da escassez de recursos com juros atraentes nas linhas oficiais de crédito à disposição dos produtores nesta safra 2019/20.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram vendidas 2.499 unidades, 5,9% menos que em janeiro de 2019. O número inclui tratores de rodas (1.769 unidades), tratores de esteiras (53), colheitadeiras de grãos (340) e colhedoras de cana (77), além de retroescavadeiras (260) usadas na construção civil.

Na comparação, as exportações caíram 26,2%, para 546 unidades, em virtude da ainda tímida demanda na Argentina. A produção caiu 15,6% na comparação anual, mas cresceu 7,2% ante dezembro, para 2.452 unidades, impulsionada por perspectivas de que o mercado poderá melhorar nos próximos meses.

Segundo Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea, parte dessa expectativa se deve à entrada em vigor do Finame Rural para aquisição de máquinas agrícolas e equipamentos rodoviários. Anunciada em 30 de janeiro pelo BNDES, a linha estará disponível em 10 de março.

O Finame Rural terá R$ 1,5 bilhão e juros semelhantes aos do Moderfrota (de 9% a 10%), a principal linha de crédito para máquinas agrícolas do país, com R$ 9,7 bilhões disponíveis nesta safra 2019/20, que começou em julho e terminará em junho.

Antes de o BNDES anunciar o Finame Rural, a Anfavea previa que o Moderfrota precisaria ter mais R$ 3 bilhões para atender à demanda dos produtores brasileiros. Miguel Neto lembrou, contudo, que o Banco do Brasil liberou recursos em condições parecidas com as do Moderfrota, o que também fortaleceu o mercado.

“Os bancos estão atuando para suprir a necessidade e tirar a dependência das equalizações [necessárias nas linhas subsidiadas]. Isso é muito bom para o mercado de máquinas, porque diminui a insegurança e a falta de previsibilidade”.

Fonte: Valor Econômico.

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