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Vencimento de prazos acelera negócios de rastreabilidade em Goiás

As restrições que serão impostas aos pecuaristas que não se cadastrarem ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) provocaram, nos últimos dias, uma corrida dos criadores às empresas certificadoras credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa). Somente na segunda-feira, último dia de adesão ao Sisbov para quem exporta carne para a União Européia, 30 pecuaristas de Goiás assinaram contratos com empresas que prestam serviços de rastreabilidade.

Nos próximos dias as adesões aumentarão também no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins e serão estimuladas pelo programa de certificação da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Pelo acordo firmado, donos de 1,2 milhão de propriedades rurais sindicalizadas terão acesso aos serviços de identificação, rastreabilidade e certificação mediante o pagamento de uma anuidade de R$ 75 por propriedade e R$ 1 por animal.

Valores atrativos

Os valores estão, conforme apontou o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, abaixo da tabela das demais certificadoras que atuam no mercado e cujos preços da rastreabilidade por cabeça variam entre R$ 4 e R$ 6. “Com os valores que estamos oferecendo, as outras certificadoras terão que baixar os preços”, disse.

Além dos 30 criadores goianos que se cadastraram ao Sisbov na última segunda, pecuaristas de várias regiões do País cedem à inevitabilidade da certificação. O diretor corporativo da Planejar, Luciano Medici Antunes, informou que no último dia 16, quando o ministério anunciou as empresas certificadoras, havia 145 mil bovinos rastreados, hoje o número supera as 300 mil cabeças.

Diante do aumento dos custos de produção com a obrigatoriedade da identificação e certificação, os criadores querem saber se receberão uma compensação pelo desembolso. Ontem, representantes dos frigoríficos estiveram na CNA para discutir a possibilidade de pagamento de um “plus” no preço pago ao criador pelo gado rastreado.

Conforme informou Antenor Nogueira, as negociações continuarão em aberto porque inicialmente os criadores não se interessam pela proposta de R$ 2 por cabeça oferecida pelos frigoríficos. Com a entrada da entressafra já começa a faltar animais para abate e o entendimento dos pecuaristas é que, pressionados pela escassez de bovinos, os abatedouros serão levados a aumentar a oferta.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Luciana Otoni), adaptado por Equipe BeefPoint

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