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Veja as opiniões e experiências de produtores que se cadastraram no Sisbov

O sistema brasileiro de rastreabilidade esteve no centro das discussões do setor desde sua criação. A nossa rastreabilidade, implantada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sempre foi muito criticada e questionada por pecuaristas e clientes do produto brasileiro, ao ponto da União Europeia (UE) desaprovar o sistema e impor novas exigências para seguir importando a carne bovina do Brasil. Em agosto, fizemos a seguinte pergunta aos leitores do BeefPoint: Você se cadastrou como ERAS? Qual foi sua experiência até o momento?, veja o que eles pensam sobre o assunto.

O sistema brasileiro de rastreabilidade esteve no centro das discussões do setor desde sua criação. A nossa rastreabilidade, implantada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sempre foi muito criticada e questionada por pecuaristas e clientes do produto brasileiro, ao ponto da União Europeia (UE) desaprovar o sistema e impor novas exigências para seguir importando a carne bovina do Brasil.

Em agosto, fizemos a seguinte pergunta aos leitores do BeefPoint:

Você se cadastrou como ERAS? Qual foi sua experiência até o momento?

Para Raul Moraes, de Araçatuba/SP acredita que o sistema é extremamente burocrático e inviável em muitas propriedades, por ser caro e de difícil execução. “O excesso de burocracia para preenchimento de planilhas, cópias de notas anexadas ao livro, DIA´s, etc. Se faz necessário criar uma estrutura a parte para atender os requisitos da certificação, gerando mais custos adicionais além dos já conhecidos da certificadora e brincos. Mas o absurdo maior é que o foco da produção é deixado de lado para atender a demanda da rastreabilidade por papéis, e por vezes (quase sempre) estes animais rastreados não são justamente remunerados pelo mercado, inviabilizando economicamente a rastreabilidade.”

“Eu me cadastrei, e só volto quando não houver mais a exigência de o DIA acompanhar o boi até o frigorífico, pois acho o suficiente ele (o boi) já estar no sistema,” comentou Clédio Luiz Fabre, de Tapurari/MT.

Deliane Xavier, de Dom Pedrito/RS afirma: “cheguei a conclusão que é muita prosa, muita mudança e que não chega a lugar nenhum. O produtor fica a mercê das mudanças juntamente com os técnicos, é muito desgastante”.

“Alguns produtores, depois de tantas mudanças e controvérsias no Sisbov, conseguiram atender as absurdas exigências da UE, agora não conseguem vender seus animais com a merecida bonificação, que já caiu de 15 para 6%. Só os produtores é que tem deveres e obrigações? E os frigoríficos? Não existe nada que os obrigue a pagar mais por um produto que custou mais e deu mais trabalho? Às vezes dá vergonha de produzir nesse País, porque nós que buscamos tecnologia e alta produtividade estamos sendo alvo de gozação”, Ricardo Buonarott Ferreira, de Campo Grande/MS. (10/08/2009)

Não me cadastrei porque discordo frontalmente do modelo proposto pelos sonhadores do MAPA. Felizmente agora a ABIEC decidiu abraçar esta posição, com o defenestramento do pai do SISBOV e sua substituição pelo Otávio Cançado. Cliquem aqui e vejam a entrevista dele, em que mostra que precisa de 1.000.000 de propriedades com rastreabilidade, e não 1.200:

Tínhamos rastreabilidade total com o sistema adotado há décadas, com GTA, nota fiscal, marca de fogo, inspeção federal no abate. Os ingênuos acharam que a complicação da identificação individual traria mais garantias ao consumidor, já que a produção de carne apenas pelos mais “capazes” seria por si só sinônimo de “qualidade”.

Rapidamente foram apoiados pelos “espertos”, que viram na reserva de mercado possibilidade de altos e cativos lucros.

Quando a coisa começou a ruir vieram com o risível argumento de que a identificação individual seria um moderno e revolucionário instrumento de gerenciamento da propriedade. Coitados, não lhes avisaram que o boi e a vaca frequentemente saem do seu lote ao pular a cerca, atravessar o arame ou ao “pular o brejo”. No gerenciamento “moderno” o gado é levado ao curral dia sim dia não, para se ler todos os brincos na esperança de achar qual rês está no lote errado.

Deu no que deu.

Precisamos da destruição criativa. Só implodindo o SISBOV teremos como progredir regredindo no tempo, voltando ao sistema que sempre tivemos.

Felizmente o Congresso Nacional botou ordem na casa e agora é lei a proibição da patética identificação individual obrigatória: “http://www.camara.gov.br/sileg/MontarIntegra.asp?CodTeor=572697, Humberto de Freitas Tavares, Ribeirão Preto/SP.

Para Fenelon Santos Velludo, de Araçatuba/SP, o sistema é lastimável, extremamente trabalhoso, dispendioso, inviável da maneira como querem que seja feito e dá grande espaço para o erro. “Estive cadastrado, cancelei e não pretendo voltar enquanto for desta forma proposta”.

“Sim, eu fiz o cadastro. Brinquei todo o gado, treinei o pessoal e exerci o controle, mas acabei desanimando. Após mais de quatro anos de gastos, as restrições aumentaram, os frigoríficos no sul do Mato Grosso do Sul não conseguiram cadastramento para exportação para a Europa; atualmente existem poucas propriedades na lista, não oferecendo escala para exportações. Para piorar não há consenso entre as autoridades. Todo mês tem alguma novidade. Ora é o MAPA que altera as normas, depois os Deputados propõem o boicote ao sistema e agora o governo do Mato Grosso do Sul instituiu uma comissão para propor um novo sistema de Rastreabilidade. Apesar de acreditar que um sistema de rastreamento sério seja benéfico para a pecuária brasileira, vou aguardar e só voltarei a certificar o rebanho quando houver possibilidade de retorno financeiro”, opina Lauro Klas Junior, de Amambai/MS.

“Acompanhei alguns produtores que se cadastraram no SISBOV/ERAS e pude notar que, a par da burocracia e exigências desnecessárias impostas ao produtor, percebe-se não há garantia de remuneração compatível com o “investimento” que a implantação do sistema exige do pecuarista, a despeito de no momento, não estarmos conseguindo cumprir as exportações programadas para o mercado europeu”, informa Itamar Batista dos Santos, Cuiabá/MT.

Adriano de Escobar Vilela, de Juara/MT, reclama que quando ligou para o frigorífico para saber quanto receberia pelos bois certificado pelos ERAS foi que não receberia nenhum diferencial. “Então retiramos os brincos vendemos os bois para um terceiro, não emitimos DIAs, mas quando a certificadora foi dar baixa nesses animais no BDN, para nossa surpresa o frigorifico já tinha dado baixa somente com os botons. Quem ganhou? Nós precisamos parar de sermos tão inocentes e parar com essa palhaçada que o governo e os frigoríficos fazem conosco. Nesse país tudo é festa ,não acredito em mais nada”, Vilela completa indignado.

“Me cadastrei, segui fazendo os procedimentos, passei 2007 e 2008 sem receber valor diferenciado de grandes frigoríficos que estão presentes na minha região e então era mais simples pegar o modelo B do Iagro que separar os DIAs. Desisti, uso os brincos hoje para controle interno, vou continuar a fazer a identificação individual dos meus animais, mas com brincos com minha própria numeração, por enquanto vou usando os do Sisbov que comprei para 2009. Quanto aos DIAs, aqui no meu prédio tem coleta seletiva de lixo, enviei para reciclagem, talvez algum dia eu compre eles de novo numa embalagem de pizza. Um detalhe importante, como nosso amigo de Juara/MT, acabei de verificar que alguém deu baixa nos animais abatidos depois que parei de enviar relatórios, será que agora é automático?”, comentou Rafael Palma Lima e Silva, de Campo Grande/MS.

“No meu caso o grande problema é o próprio MAPA, já que espero a vistoria a muitos meses. Em semana que tem feriado não há auditoria. A Acrimat dispensou os técnicos que fariam essas visitas por falta de empenho do ministério. Se você vai atá a secretaria para pedir informações, fica horas esperando a chefia aparecer para trabalhar. Enquanto isso a diferença de preço vai aos poucos deixando de ser interessante, além da burocracia irritante que envolve todo sistema. Estou com os bois prontos para abate faz tempo esperando a vistoria, o preço e a diferença diminuindo, brincos e botons caindo. Enfim, to para pular fora”, comentou Claudio Dabus Figueiredo.

O leitor Mario Monazzi relata: “cadastrei minhas propriedades em Campina Verde/MG. Muita burocracia sem nenhum resultado concreto e eficiente. Tomei um grande prejuízo financeiro e com manejo dos animais, por profissionais não habilitados e por uma certificadora também sem nenhum compromisso serio com o produtor. Gastei com livros e brincos, sem nenhuma serventia, pois fizeram os documentos todos errados. Não faço mais rastreamento, acho uma perda de tempo e dinheiro”.

José Leonardo Montes, de Quirinópolis/GO trabalha com rastreabilidade há muitos anos e fez o seguinte comentário: “eu já cansei de dar opinião ao Mapa, acho que vai cair no ostracismo. Rastreabilidade no Brasil significa burocracia, pois ninguém quer aderir então ficamos para trás de todo o mercado, esta ai o não cumprimento da Cota Hilton. Será péssimo para nós que temos o maior rebanho do mundo e não conseguimos vender”.

O leitor, Artur Queiroz de Sousa, de Varginha/MG, relatou que por 2 anos manteve a rastreabilidade dos animais. “Foi bom na organização do rebanho, na metodologia de controle com os empregados, contudo, assistência zero. Cobrança de taxas pontualíssimas, mas visitas, zero. O que ganhei com isso? Nada, bicheiras nas orelhas, encomendas de brincos suplementares caríssimos, e resultado final. Abandonei o sistema. Hoje somente faço rastreabilidade, se eu souber que todas as exigências que me forem feitas pelos países compradores, obedeçam rigorosamente o que nos pedem. Exemplo: se querem que o meu boi seja rastreado, produzido em propriedade sustentável ambientalmente e socialmente corretas, eu aceito. Mas se o país comprador, não obedecer as mesmas condições não deverão levar a carne produzida por mim, e o frigorifico comprador e cadeia de supermercados, deverão primeiramente demonstrar que não poluem, que são socialmente justos, e que a tabela de preços de ambos, sejam demonstradas criteriosamente as porcentagens acrescidas ao preço pago ao produtor”.

“Sim, nos habilitamos no ERAS há mais de 2 anos. Infelizmente pelo despreparo de certificadora, devidamente habilitada e suspensa pelo Mapa, vimos todo o nosso trabalho ir por água abaixo. O Eras venceu e quando fomos verificar no Sisbov, a certificadora estava suspensa. Reiniciamos os trabalhos, da estaca zero, e agora estamos com nova certificadora. Concordo com a pessoa que diz que o sistema de brinco é falho, apesar de produzido por empresas autorizadas pelo Mapa. Hoje, estamos na fila de espera, para a visita dos fiscais do Mapa, uma vez que existe só no MT uma lista de espera de mais de duas mil fazendas para serem visitadas, e não há fiscais para dar vazão aos trabalhos. Lamentável!” João Flávio Ribeiro, Nova Brasilândia/MT.

“Acho que para agregar valor nas nossas mercadorias devemos sim entrar no ERAS. Entrei no ERAS no começo do ano e acho que não é tão difícil assim como falam, é só as pessoas se organizarem que se torna fácil, a única coisa que não posso concordar é vender um boi ERAS para o frigorífico pelo mesmo preço do boi comum. Fui vender bois de confinamento e os frigoríficos não querem pagar nada à mais pelos meus bois, não posso concordar com isso, pois tive trabalho e o que é mais importante, tive custo que não é barato. Nada funciona neste país”, comenta João Luis Fuzetti, Araçatuba/SP.

O leitor do BeefPoint, José Roberto Pires Weber, de Dom Pedrito/RS, ressalta que sem dúvida que o sistema é burocratizado e difícil de ser implementado, mas não é impossível de se chegar lá. “Eu resolvi que chegaria a Lista Traces e consegui! Não foi fácil, mas menos difícil do que imaginava. Notei, pelo menos aqui no Rio Grande do Sul, mudanças em três aspectos. O primeiro, num tratamento diferenciado por parte da cadeia da carne, que reconhece os produtores que evoluem. Isto, sob o ponto de vista pessoal, é gratificante. O segundo, é que hoje vendo por preço diferenciado, em torno de 10% acima do valor de mercado. O último, é que consegui um controle muito maior do rebanho, manejo e da própria gestão do negócio, que precisa ser afinada com os novos tempos. Meu capataz trabalha com computador e o controle geral da administração melhorou significativamente. Hoje estou nos trâmites finais para aprovação de outra propriedade. No Reino Unido, todos rastreiam! Lá, não existe pecuária sem rastreabilidade”, comenta Weber. (08/08/2009)

“Cadastramos um de nossos ERAS e a experiência do ponto de vista operacional é simples e alcançamos o objetivo: “Lista da Europa”. Atualmente ganhamos 10%, outras épocas chegou a 20%. Preencher formulário de entrada e saída corretamente e entregar com 30 dias, informar nascimento com 10 meses através de planilha de identificação, informar morte através de formulário de 6 em 6 meses e outros eventos é uma tarefa tranquila e básica de se cumprir, basta querer saber fazer. Os que não conseguem fazer um trabalho simples deste não podem mesmo ganhar diferencial. O Sisbov é o mesmo, quem quer fazer de verdade consegue. Não existe remuneração se não existir trabalho, controle, gestão, qualidade e transparência”, Gilberto Freitas Andrade, Mozarlândia/GO. (10/08/2009)

Marco Antônio Guimarães Marcondes, de Maracajú/MS acompanha o Sisbov desde a sua criação em 2002 e afirma que o sistema evoluiu muito ao longo desses 7 anos. “Chegou no profissionalismo da atividade pecuária, onde o produtor precisa investir nos controles gerenciais, capacitação de mão de obra, mudança comportamental. Sinto que muitos produtores deixaram o Sisbov, mas existem muitos produtores com interesse em retornar. Estamos com clientes na Lista Traces que estão abatendo animais e recebendo com satisfação a bonificação por isso. A regra é clara e está, neste momento, permitindo os ajustes necessários. Todo começo é trabalhoso, mas depois vira rotina. A regra deve ser cumprida com disciplina, é possível de realizar” completa Marcondes.

Conte também sua experiência e opine, colaborando para a discussão desse tema de grande importância para a pecuária brasileira enviando um comentário através do box de cartas do leitor, abaixo.

Clique aqui e leia outra opiniões sobre o assunto.

0 Comments

  1. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Em minha opnião só uma coisa deve mudar. Frigorífico pagar preço compatível.

    Isto nenhuma autoridade, CNA, ABIEC e também a mídia eletrônica (sites) não colocam em discusão. Por que?

    informar entrada saida morte nascimento dentro de 30 após o acontecimento atraves de formularios bem preenchidos e muito facil. Alguns reclama da mao de obra do campo, nao possuem formacao e etc. Vejam o seguinte na cidade grande tambem existe muita mao de obra desqualificada. O que falta para contratar mao-de-obra de qualidade no campo e na cidade é ter tempo e saber exatamente o que se procura. Agora sair pegando o primeiro que aparece sem uma avaliação se o mesmo consegue executar o proposto é problema. Ou seja, cai mais uma vez no problema da GESTÃO, isto é o que falta para alguns produtores.

    Se a lista de propriedades é pequena, a culpa é dos FRIGORIFICOS e não dos demais elos da cadeia. Hoje eu pago tanto, amanha pago tanto pela metade, amanha nao pago nada, amanha poderia pagar tanto. Se existe uma sazonalidade, por favor senhores frigorificos apresentem, assim produtores que estiverem nesta época não entram. Agora querem fazer um sisteminha sem pé nem cabeça para todos entrar e voces lucrarem com isto é um vergonha. Ai a europa vem e embarga de novo e vcs quebram de novo. As vezes essa quebradeira é bom para determinados grupos né, nossa pioooorrrr!!! ai vao ficando sozinhos, sozinhos, sozinhos, Amanha daremos nossos bois degraça a eles.

  2. Raul Moraes disse:

    Meus caros , sinto informar que as exigencias do SISBOV vão além de preencher formulário de entrada e saída corretamente e entregar com 30 dias, informar nascimento com 10 meses através de planilha de identificação, informar morte através de formulário de 6 em 6 meses e outros eventos ! Há também exigências de relatar em livro todas as movimentações e estoques de insumos , relatar manejo , informar e anexar em livro notas fiscais de aquisições e vendas ( não só do gado) , fazer verificação periódica dos animais p/ verificar se estão ainda com os brincos , se não estiver muitas vezes tem que trazer todo o rebanho ao curral para fazer a leitura do boton , para pedir novos brincos,etc… Isto demanda tempo e uma estrutura à parte da produção(que deve ser o foco) .Concordo até que a execução não é difícil para propriedades menores e próximas a recursos e/ou cidades , com mão de obra qualificada ou com o dono morando ou residindo próximo , mas não é a realidade da pecuária brasileira . MAS REALMENTE O LIMITANTE É A REMUNERAÇÂO, ATÉ HOJE O CUSTO NÃO CONDIZ COM O BENEFÍCIO!!!!!

  3. NARCISO JOSE FERREIRA disse:

    Me cadastrei no SISBOV em Outubro/07 e em junho/08 recebi o status de ERAS-UE; Quanto à sistematica operacional , venho desempenhando-a sem nenhuma dificuldade, acho bastante tranquilo, e afirmo ainda que veio até contribuir para melhor gestão da atividade, melhor nível de controles;Creio que para qualquer empreendimento que pretenda operacionaliza-lo, este deverá levar a sério todas as etapas que o componha, estruturar sua propriedade com equipamentos necessários às operações, tais como: bons currais de manejo, equipados ainda com brete-balança eletrônica, apartadouro e embarcadouro com boas condições de manejo, evitando-se assim stres para o pessoal e também para o rebanho.
    Diante da informação que o SISBOV está para mudar, tenho receio que se as mudanças a serem implementadas não satisfazerem nossos compradores, estes poderão rejeitar a nossa carne, deixando com isto o setor ainda mais apreensivo e com menor opção de mercados remuneradores. A única coisa que tenho a reclamar é que, mesmo sabendo da situação atual do cambio que tem prejudicado as exportações de modo geral ( não só carne bovina ), as indústrias tem aproveitado da situação para reduzir os preços pagos ao produtor, o que na verdade não é nada desonesto, é que o setor produtivo é pouco organizado e ao inves de se organizarem, só acha tempo para choraminguar . Temos que nos organizar regionalmente, não com a intenção de sobrepor a vantagem competitiva da indústria e sim para que organizados possamos melhor dialogar, oferecendo não só escala, mas também produtos diferenciados, podendo agregar valor a toda a cadeia e assim ratear os ganhos. Acho ainda que chegou a hora de se formar verdadeiras parcerias, deixando de lado as brincadeiras de esconde-esconde, para juntos construirmos um novo relacionamento de ganha-ganha, onde ganha o produtor e a indústria.

  4. Loni Soares de Oliveira Filho disse:

    Boa tarde!

    Até hoje o sistema de identificação e rastreamento foi feiro somente para algumas empresas e ou industrias ganharem dinherio, fabricas de brincos e principalmente certificadoras que tem um quado de funcionarios fracos e imperam o sistema e sempre quem paga pelo erro das certificadoras e o produtor, pois o mapa esta tendencioso as empresas.
    É uma sacanagem o que fazem com o produtor, ele compra os brincos, paga os brincos, paga uma inserção de animais que não foi feita e se ele mudar de certificadora e obrigado a pagar novamente a mesma certificação dos brincos.

    Enquanto a certificação no Brasil for feita por malandros, não vai dar certo!

    Até!

  5. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Por que se briga tanto com o sistema e não com os frigoríficos? Será porque os políticos usam essas empresas (R$) para bancar suas eleições ? O problema é o SISBOV ou os frigoríficos ou os políticos ? Não se esqueçarm que ano que vem é ano políticos e os nobres querem aparecer agora para os apoios financeiros. Vamos abri os olhos, parceiros do campo.

  6. Luciana Laguna de Paiva disse:

    Boa noite,

    Aqueles que seguem uma disciplina podem assim ser chamados de discípulos.

    o sisbov é para quem quer ter disciplina, seguir a sério, se empenharem no profissionalismo da atividade pecuária, onde o produtor precisa investir nos controles gerenciais, capacitação de mão de obra, mudança comportamental.

    muitos reclamam porque estavam acostumados com o chamado curralito… colocavam os brincos na hora do embarque para o frigorifico; assim não tinha tanto custo, ganham muito e enganavam os que levaram a sério, porque quem mais foi prejudicado foi os pecuaristas honestos.

    dizer que quando muda de certificadora tem que pagar novamente a mesma certificação, já mudei e isso não me ocorreu, concordo que tem muita certificadora que visam apenas lucros e não dão assistencia e visita para o pecuarista…. nem pensar, só prometem, mas meu caro a certificadora que fez isso com voce, denuncie ela para o mapa.

    parabenizo o companheiro fabio henrique ferreira, hoje o maior problema são os frigorificos não estarem pagando o agil; e digo mais:
    frigorificos grande fazem seu próprio confinamento e deixam o pecurista de lado, isso sim é motivo de discussão.

    se o pecuarista fizer os controles entrada, saida, nascimento e morte, controle esse que é exigido ser preenchidos formularios e esses levados a defesa dentro do prazo de 30 dias e souber preencher corretamente, não vejo onde tanta burocracia.

    dizer que se gastou tanto e os livros não serviram de nada, é muito ruim em administração, pois o livro serve de controle do rebanho.

    planilhas preenchidas erroneamente ou com rasuras tem como substituir, basta estarem atualizados, e hoje caro parceiros voces nem precisam de certificadora para isso.

    rastreabilidade são para pecuaristas profissionais

    Abraços

  7. Janete Zerwes disse:

    Olá Luciana,

    Concordo com você precisamos investir em controles gerenciais, capacitação de mão de obra e mudanças comportamentais.

    O rastreamento individual do gado representou, na nossa propriedade, um avanço significativo na eficiência gerencial do rebanho, resultou em aumento de renda, redução de perdas e melhorias significativas para a comercialização do plantel.

    Não importa se o rebanho possui 100, 1000, 10.000 ou mais cabeças, não se pode ignorar o sumiço de um animal em uma propriedade, sem saber a causa ou a direção que tomou.

    Muitos pecuaristas ainda acreditam no aparte a olho, na avaliação média dos animais, sem saber que esses procedimentos não levam em conta, variáveis essenciais para garantir a sustentabilidade econômica da atividade pecuária.

    Sem o controle individual não se pode garantir a eficiência dos investimentos em genética; não se pode realizar um descarte de matrizes por inaptidão materna; o criador que tem a menor renda da cadeia produtiva da carne, corre o risco de vender exatamente os animais de melhor capacidade de conversão alimentar e reter para recria animais tardios ou de baixo aproveitamento alimentar.

    O rastreamento correto nos defendeu em determinado momento do abuso de uma indústria frigorífica, que pretendia usar os números dos brincos dos nossos animais para “rastrear no abate” animais sem garantia de procedência. Os registros e históricos desses animais nos garantiram o recuo e a defesa.

    Podemos questionar o processo de rastreamento proposto pelo MAPA e apontar uma forma mais viável para sua implantação, mas não temos cacife para questionar as exigências do Mercado Europeu para nossa carne. Só para ilustrar, é bom lembrar que no episódio do foco de aftosa em 2003, os mercados do mundo interromperam as compras com o Brasil a espera da manifestação positiva do mercado europeu, quanto à sanidade da carne bovina brasileira, para prosseguir comprando.

    Gostaria que houvesse mais pecuaristas com a sua visão. Assim talvez não estivéssemos tão fragilizados frente aos monopólios industriais “acartelados”. Enquanto tivermos tantas divergências de opiniões, como fica evidente nessa matéria, se continuarmos pensando individualmente e não avançarmos de um sistema arcaico de produção para um sistema tecnificado e de precisão seremos sempre anões diante de gigantes.

    Abraço,
    Janete Zerwes

    BPW – Cuiabá – MT
    Coordenadora de Agropecuária

    FAMATO – MT
    Comissão de Produtoras Rurais
    Coordenadora em Tecnologia e Pecuária

  8. Luciana Laguna de Paiva disse:

    Olá Janete,

    Fico feliz em encontrar pessoas de visão assim como você.
    Temos alguns pecuaristas e Assessores na Pecuária com a nossa visão, Sr. Fabio Henrique, Sr jose luiz bicca heineck entre outros, deveríamos montar uma comissão nos protegendo contra o Cartel que foi feito entre Frigoríficos em não pagar o Agil.

    Pois os grandes assim fizeram seus devidos Confinamento e deixaram os pecuaristas profissionais que se especializaram no SISBOV de fora.
    A parte governamental deveria sim estar do lado dos pecuaristas, as exigências são um pouco burocrática, mas beneficia á muitos.

    Fazenda hoje que aderiram a profissionalização precisa sim do SISBOV, dizer que brinco criou bicheira …. ah a aplicação foi incorreta e os brincos de manejo para o tal “controle de rebanho” não da bicheira!!! só o brinco SISBOV.

    Essas fazendas NECESSITA deste controle, controle de embarque e desembarque, controle do parição, controle manejo a campo especificado por lotes e animais, e com essa numeração SISBOV muito nos protege; de roubo, funcionários que diz que o animal quebrou e dai usam para seu próprio consumo.

    O primeiro passo o como foi dito: capacitação de mão de obra, mudança comportamental.

    Acredito que tenham assistido a reportagem onde MST acabou com a fazenda produtiva de laranja, dizendo que laranja não mata fome, isso é uma palhaçada, uma falta de respeito para com os fazendeiros dos quais investiram uma vida toda para ter o que tem; e ninguém ser preso, e alguns governamentais darem dinheiro para essa cambada de vagabundos, dos quais se passarmos pelo acampamento deles a noite, lá não tem ninguém, pois vivem na cidade, o a Autoridade onde está que nada faz.

    Vão deixar ficar parando a rodovia como fizeram na MT para Rondonópolis.

    É hora de nos unirmos para mudar algumas palhaçadas que estão ai em nossa cara, e o Senado paresse mais é tirar saro de nossas caras.

    Não esqueçamos que somos os maiores produtores de carne IN NATURA, E PODEREMOS FECHAR A COTA HILTON SIM, DESDE QUE ALGUNS ENTENDAM MELHOR COMO FUNCIONA A RASTREABILIDADE PARA SERVIR DESTA FATIA DA COTA HILTON.

    Grande abraço.

    Luciana L Paiva.

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