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Varejista Tesco pede ao governo do Reino Unido ajuda contra desmate

A Tesco, uma das maiores redes de varejo do Reino Unido, pediu ao governo britânico que realize diligências nas cadeias de fornecimento para garantir que os alimentos vendidos no país não estão relacionados a desmatamento. O pedido foi uma resposta à pressão para que a empresa ajude a combater o desmate na Amazônia. Para a Tesco, o governo precisa introduzir essa política na Estratégia Nacional de Alimentos.

Em comunicado, a companhia também disse reconhecer a necessidade de que o consumo de carnes e leite seja reduzido. Mas centrou o foco na frente ambiental.

“Nós todos vimos as imagens terríveis da Amazônia queimando no ano passado. Colocar fogo para limpar terra para cultivos ou pastagens está destruindo preciosos habitats. como a floresta brasileira. Isso precisa parar”, disse Dave Lewis, CEO da Tesco, em nota.

O pedido da empresa britânica veio em meio a uma pressão do Greenpeace para que a companhia deixe de comprar carnes da Moy Park e da Tulip – controladas pela JBS desde 2015 e 2019, respectivamente. A companhia afirmou, porém, que não vai excluí-as de sua base de fornecedores, argumentando que elas atendem seus padrões ambientais e de desmatamento zero.

A varejista afirmou que “penalizar fornecedores que estão fazendo sua parte e estão prontas para fazer mais mão pode ser de interesse dessa agenda”. A Tesco disse, ainda, que ambas são parceiras antigas e que a medida provocaria desemprego. As duas companhias empregam mais de 17 mil pessoas ao todo o Reino Unido.

A Tesco chegou a deixar de comprar carne produzida no Brasil em 2018 por causa do avanço do desmatamento no país naquele ano. A companhia tem como meta própria garantir que todos os seus alimentos estejam livres do desmatamento até o fim do ano, e disse estar perto de atingir o objetivo.

Outra meta do grupo é garantir que, até 2025, todo o farelo de soja usado em sua cadeia de fornecimento tenha certificados garantindo não vir de desmatamento.

Fonte: Valor Econômico.

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