No dia 5 de abril, foi realizado o Beef Summit Sul, em Porto Alegre – RS. O evento foi organizado pelo BeefPoint, em parceria com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). O Beef Summit Sul reuniu nomes de sucesso do agronegócio para discutir e debater os rumos da pecuária de corte no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
No dia do evento, o BeefPoint homenageou as pessoas que fazem a diferença na pecuária de corte no Sul do Brasil através de um prêmio. Houve vários finalistas, em 19 categorias diferentes.
Os nomes foram indicados pelo público; em uma primeira etapa, através de um formulário divulgado pelo BeefPoint. Na segunda etapa, o público irá escolher através de votação, o vencedor de cada categoria. Para conhecer melhor essas pessoas, o BeefPoint preparou uma entrevista com cada um deles.
Confira abaixo, a entrevista com Vandi Coradini, um dos ganhadores do Prêmio BeefPoint Edição Sul, na categoria Terminador.
Vandi Coradini mora em Dom Pedrito – RS. É engenheiro agrônomo e diretor administrativo de empresas em Dom Pedrito e da Aliança Agropecuária (Fazenda Recreio) em Bagé. As propriedades trabalham na cria e terminação de bovinos, além de produzirem arroz e soja.
BeefPoint: Qual o maior desafio da pecuária de corte do sul do Brasil hoje?
Vandi Coradini: Sem dúvida é manter e afirmar as nossas diferenças com a pecuária do resto do país, que a nosso ver é uma grande vantagem.
BeefPoint: Qual o exemplo de pecuária do futuro no sul do Brasil hoje? Quem você admira por fazer um excelente trabalho?
Vandi Coradini: Há muitos bons exemplos de estabelecimentos promovendo esta diferenciação de nossa pecuária, sem desmerecer os demais, eu citaria o Gedeão Pereira, de Bagé.
BeefPoint: Como podemos vender a carne do sul do Brasil de forma diferente e especial, em outras regiões do Brasil e no exterior?
Vandi Coradini: Podemos vender melhor as nossas carnes especiais, promovendo marcas que representem estas carnes, como as que já existem hoje, direcionando para o mercado em geral, mas principalmente para os nichos de mercado. Sempre atentando para a qualidade diferenciada, e a constância. Para promover venda para o exterior devemos atentar para rastreabilidade e certificações de origem como a APROPAMPA.
BeefPoint: Qual inovação / novidade na pecuária de corte você mais gostou dos últimos anos? O que estamos precisando em inovação?
Vandi Coradini: Entre tantas inovações, talvez a que mais tenha ajudado o terminador ou produtor de terneiros, seja a inseminação com IATF, pela aplicação da genética e homogenização dos lotes.
BeefPoint: O que o setor poderia / deveria fazer para aumentar sua competitividade no sul do Brasil?
Vandi Coradini: O setor poderia promover sistemas de criação-terminação que tenha mais constância, providenciando alimentação de melhor qualidade para os animais, superando os períodos críticos de fornecimento de pastagem ou forragem, talvez utilizando pastagens irrigadas.
BeefPoint: O que você implementou de diferente na sua atividade em 2012?
Vandi Coradini: Suplementação alimentar à campo.
BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?
Vandi Coradini: Terminar animais mais padronizados em raças, genética e idade.
BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E porque?
Vandi Coradini: Pretendemos corrigir o que não deu certo em 2012.
BeefPoint: Qual sua mensagem para os pecuaristas?
Vandi Coradini: Procurar aprender sempre, fazendo coisas melhores e tendo um bom objetivo pela frente. Está é a graça da nossa atividade.
BeefPoint: Qual sua mensagem para a indústria frigorífica e varejo?
Vandi Coradini: Valorize o que é bom, que sempre terão bons fornecedores e bons compradores.
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