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Vale investe para produzir mais insumos

Mesmo investindo fora do país, a Vale corre para responder à pressão do governo brasileiro visando elevar a produção de fertilizantes. A possibilidade da Vale se associar à Petrobras em projeto localizado no Peru, pode garantir uma oferta adicional expressiva.

Mesmo investindo fora do país, a Vale corre para responder à pressão do governo brasileiro visando elevar a produção de fertilizantes. A possibilidade da Vale se associar à Petrobras em projeto localizado no Peru, pode garantir uma oferta adicional expressiva.

Em território peruano, a empresa apressa seu projeto de produzir fosfato na região de Bayovar. O investimento previsto é de US$ 479 milhões e a produção deverá chegar a 3,9 milhões de toneladas por ano a partir de 2011. Para industrializar o fosfato, a Vale já procura um parceiro e é aí que entra a Petrobras.

Além do projeto peruano, a Vale trabalha em pesquisas e desenvolvimento de suas jazidas de potássio na Província de Neuquen, na região central da Argentina. Na área de fertilizantes, potássio é o foco da empresa no Brasil. Só ela atua com a matéria-prima no país. Na mina de Taquari-Vassouras (SE), a produção alcança 850 mil toneladas anuais, volume suficiente para cobrir menos de 20% do consumo interno. Mas a empresa também tem estudos para expandir investimentos em novas minas de potássio na região Centro-Oeste.

Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, Brasília quer que o país se torne auto-suficiente na produção de nutrientes derivados de fosfato e nitrogênio em “cinco ou dez anos”. No caso do potássio, que completa o tripé que fornece os principais nutrientes necessários para uma adubação eficiente, o ministro admite que não existem recursos naturais suficientes para reduzir significativamente a dependência externa.

O presidente da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e da Bunge Fertilizantes, Mário Barbosa, afirmou que os investimentos privados em ampliação da produção no país deverão somar US$ 4 bilhões nos próximos quatro anos. Mas o executivo pondera que auto-suficiência a qualquer preço pode não ser a melhor saída para resolver a dependência, pois no caso das regiões Norte e Nordeste, carentes até em fosfato, pode ser economicamente mais interessante continuar com importações.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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