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USMEF aponta sustentabilidade e aumento na eficiência como principais desafios

O desafio de suprir o crescente apetite global por carnes vermelhas em um ambiente que está cada vez mais ciente sobre questões de sustentabilidade foi discutido pelo vice-presidente sênior para Ásia Pacífico da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation - USMEF), Joel Haggard, no Congresso Mundial de Carne 2010, realizado em Buenos Aires, na Argentina. "Se cada país produtor de gado incluir seus custos de sustentabilidade totalmente em sua equação de produção de gado, os preços globais da carne podem ser diferentes do que os de hoje".

O desafio de suprir o crescente apetite global por carnes vermelhas em um ambiente que está cada vez mais ciente sobre questões de sustentabilidade foi discutido pelo vice-presidente sênior para Ásia Pacífico da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF), Joel Haggard, no Congresso Mundial de Carne 2010, realizado em Buenos Aires, na Argentina.

“A Ásia, em particular, tem um crescente apetite por carnes vermelhas e essa região é uma área de crescimento futuro para os setores de carne bovina e suína dos Estados Unidos – bem como nossos competidores. Os recursos de produção nos Estados Unidos, como a área plantada de grãos, estão com uma oferta limitada. Com a conscientização e consideração sobre sustentabilidade aumentando, os custos de produção podem aumentar. Entretanto, o histórico das indústrias de carne bovina e suína dos Estados Unidos em termos de aumento das eficiências de produção tem sido positivo e os produtores de gado do país acreditam na capacidade da tecnologia para continuar a obter ganhos nas eficiências de produção”, disse Haggard.

Ele citou o sucesso da indústria de milho dos Estados Unidos durante o período de 20 anos, de 1987 a 2007, quando reduziu sua quantidade de terra necessária para produzir um bushel de milho em 27%, reduzindo uso de água para irrigação em 27%, reduzindo a perda de solo em 69% e reduzindo as emissões e o uso de energia em 30% e 37%, respectivamente. Similarmente, ele citou as eficiências na produção de carne bovina e suína, cuja produção de carne por animal mais que dobrou para a indústria suína dos Estados Unidos desde 1980, enquanto a indústria de carne bovina está produzindo 13% mais carne com 13% menos animais. Em ambos os casos, a utilização de alimentos animais e água caíram, bem como o uso da terra, uso de energia e emissões de carbono.

Em mercados importantes como a China, uma mudança para auto-suficiência na produção de carne pode ter um grande impacto nos mercados globais de carne e Haggard acredita que considerações sobre sustentabilidade podem ser um fator importante nessas decisões. “A China enfrenta desafios de sustentabilidade de uma série de pontos de vista. Se a China considerar o fator custo de sustentabilidade e avaliar se, para a economia como um todo, pode ser benéfico importar mais carne do que usar escassos recursos domésticos para produzi-la, as implicações são significantes. Se cada país produtor de gado incluir seus custos de sustentabilidade totalmente em sua equação de produção de gado, os preços globais da carne podem ser diferentes do que os de hoje”.

As informações são do site da USMEF (http://usmef.org), traduzidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Sustentabilidade é vital para perpetuação de qualquer negócio. Mas é inegável que humanos façam análises considerando horizontes de apenas alguns anos. Além disto as imponderáveis se multiplicam numa exporencial. A primeira premissa é que para se preocupar com o longo prazo você precisa superar o curto prazo. E em um negócio de margens apertadas como a pecuária é dificil implantar mudanças no curto prazo que demandem grandes investimentos sem um linha de crédito de longo prazo e juros compatíveis com a atividade. O governo precisa assumir um papel de indutor destas mudanças.

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