Confira as fotos do 5º SIRAA, organizado pela MSD Saúde Animal e Geraembryo
8 de outubro de 2012
Curso online Estratégias de Negociação início amanhã (09/10). Participe e aprenda como ser um negociador efetivo!
8 de outubro de 2012

USDA: relatório anual de produção pecuária do Brasil – set/2012

Rebanho

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê um aumento de 3% no rebanho bovino brasileiro em 2013, principalmente devido ao suporte financeiro do Governo para a reconstrução do rebanho bovino, melhoramento genético, renovação das pastagens e preços sustentados do gado. Dessa forma, o rebanho bovino deverá alcançar quase 210 milhões de cabeças até o final do ano.

O Plano Agrícola e Pecuário para o ano comercial de 2012-13 (1o de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013), anunciado recentemente, fornece um total de R$ 115,2 bilhões, a taxas de juros subsidiadas para agricultura comercial e orientado à exportação, incluindo R$ 750.000 por produtor para renovação de pastagem e reconstrução do rebanho através de melhoramento genético. O programa permite pagamento em cinco anos, com um período de carência de 18 meses.

Além disso, grandes frigoríficos também estão aumentando o financiamento para seus fornecedores de gado, similar ao financiamento disponível para sistemas integrados de produção de frango e suíno. Os pecuaristas brasileiros também podem se beneficiar do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com taxas de juros de 5,5% a.a. para implementar a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). Apesar de seu estágio inicial, este programa oferece uma oportunidade sustentável para a reforma de pastagens degradadas no país, estimadas em 90 milhões de hectares, com um impacto significante em longo prazo na produção de carne bovina.

O USDA também prevê um aumento de 20% nas exportações de gado em 2013 devido principalmente à maior exportação à Venezuela e aos preços competitivos do gado no Brasil. O setor indústrial brasileiro de frigoríficos oficialmente enviou ao Governo Federal em 31 de janeiro de 2012 um pedido para uma tarifa de exportação de gados vivos de 30%, mas o Governo não tomou uma decisão sobre esse assunto.

Dados de produção, oferta e demanda

   

Carne bovina

Segundo o USDA, a produção de carne bovina aumentará 2,5% em 2013 devido principalmente à demanda internacional e a um pequeno aumento na demanda doméstica. A desvalorização da moeda brasileira combinada com a maior oferta de gado deverão manter a carne bovina com preços competitivos nos mercados mundiais em 2013. As margens de lucros para os processadores deverão aumentar devido à maior disponibilidade de gado e à melhor competitividade da carne brasileira no exterior por causa da desvalorização do Rel em mais de 10% em 2012.

SObre as exportações de carne bovina do Brasil, o USDA estima um aumento de 8% ou mais em 2013, à medida que os exportadores brasileiros estão otimistas sobre a recuperação da exportação à Rússia, apesar do lento processo de re-habilitação das plantas brasileiras. O USDA também antecipou envios a outros mercados, como Egito, China, Chile, Cuba, Iraque e Marrocos. Apesar da crise financeira na União Europeia (UE), os exportadores também deverão aumentar as exportações para este mercado, pois algumas fazendas brasileiras estão inscritas no programa de rastreabilidade da UE (SISBOV), devido à flexibilidade da Instrução Normativa #61 permitida pela UE. Além disso, o USDA também espera uma contínua recuperação nas exportações de carne bovina processada aos Estados Unidos.

Nota: as diferenças entre os dados de exportação reportados pelas fontes comerciais brasileiras e esses usados pelo USDA são devido ao uso de diferentes fatores de conversão. As fontes brasileiras usam um fator de 2,5% para conversão de carne bovina processada em Pesos Equivalentes Carcaça (CWE, sigla em inglês), enquanto o USDA usa 1,79. O mesmo se aplica para carne bovina sem osso, onde o USDA usa 1,40 como fator de conversão, enquanto as fontes comerciais brasileiras usam 1,36. Além disso, e segundo as instruções de relatório do Serviço Agrícola Externo (FAS), os miúdos não foram incluídos.

De acordo com fontes comerciais, oficiais da Rússia estão ameaçando proibir importações de carne brasileira devido ao uso de ractopamina. Entretanto, oficiais brasileiros não receberam nenhum aviso oficial do Governo da Rússia referente a essa possibilidade. Além disso, a UE está ameaçando restringir as exportações brasileiras de carne também devido à aprovação pelo Governo brasileiro do zilpaterol e da ractopamina. O Governo brasileiro está elaborando um plano de segregação para apresentar aos oficiais da UE. Nesse meio tempo, o Governo brasileiro entrou em um acordo com duas companhias dos Estados Unidos que produzem esses aditivos para evitar que vendam esses produtos no mercado brasileiro até que o plano seja executado.

Dados de produção, oferta e demanda

 

Fonte: USDA, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

6 Comments

  1. flavio humberto disse:

    com esse aumento do rebanho, consequentemente o valor da @ deve seguir em baixa ! com os custos de produçao subindo a cada dia, onde a pecuaria vai parar?

  2. Eduardo Miori disse:

    Amigos pecuaristas
    Gostaria de conhecer alguém entre vocês que está ou estará usando esta linha de crédito de R$ 750.000 para renovação de pastagens ou melhoramento genético.
    E se possível gostaria de saber a que taxa de juros tais empréstimos serão contratados.
    Eu estou me dirigindo a pecuaristas tradicionais que trabalham com cria ,recria e engorda e com ciclo de produção de três a quatro anos. Afinal são estes pecuaristas que podem aumentar o tamanho do rebanho.
    Eu não conheço ninguém e por isso cenários como este do USDA e outros órgãos semelhantes me parecem saídos dos contos de fadas mais fantásticos ou dos sonhos mais alucinantes .Talvez seja por isso que que eu não tenho contato com tais planos governamentais : provavelmente eles não são acessíveis a quem está acordado.

  3. Fabiano Pagliarini Santos disse:

    Muito interessante a USDA dizer que por apenas planos do governo, que não dão garantia nenhuma ao produtor irá aumentar a produção de carne, eles esquecem da retirada de pastagens para plantar soja e essa matéria é muito conveniente para a indústria para usa-la como pretexto para baixar o preço pago ao produtor. Vamos valorizar o que é nosso e acabar com o cartel da carne nesse país.

  4. Juan Peyrou disse:

    Coincido con las dudas que el informe de USDA generó entre los comentarios. Hace tiempo que USDA pronostica aumento de las exportaciones brasileñas, y luego se verifica que desde 2007 se vienen reduciendo. El aumento de existencias es llamativo, porque indicaría un retroceso teconológico de la ganadería brasileña, en tanto la faena se reduce lo que lleva a una caída en la extracción. No parece fácil aceptar que la ganadería brasileña, reduce año a año su productividad.

  5. edison iunes ferreira disse:

    Creio que esta na hora de se fazer uma leitura de cenario real, é gritante o avanço das areas de soja no pais, em detrimento das areas destinadas a pecuaria de corte, por outro lado, a demasiada valorização da soja, inviabiliza os confinamentos de bovinos, a produção de frangos e de suinos. há que se dizer que 5 anos atras a soja valia 14 dolares, hoje ja passou dos 40, é impossivel para qualquer cenarista não concluir que há uma acentuada redução do rebanho brasileiro, especialmente nas zonas produtoras de soja, milho, não esquecendo que a soja puxou pra cima os outros produtos, milho, arroz, etc. Essa redução do rebanho bovino, associada a redução da produção de carne de frango e suino, é cristalina, portanto, o posicionamento americano talvez seja de outro planeta!

  6. celso de almeida gaudencio disse:

    Os dados de oferta e demanda indicam um estoque inicial total de bovinos de 203717 milhões de cabeças em 2013, sendo que o estoque inicial de gado de leite é de 40695 milhões, se infere que o estoque inicial de gado de corte é 163022 milhões de cabeças.

plugins premium WordPress