O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) acaba de divulgar suas projeções sobre a evolução da indústria brasileira de carnes em 2022. Segundo suas estimativas, fatos como a recuperação do PIB em 5% até 2021 ampliarão maior consumo interno e o setor de suínos enfrenta desafios devido ao covid-19 que continuará em 2022, portanto as projeções para a expansão da produção, do comércio e do setor em 2022 são semelhantes às de 2021.
Existem algumas incertezas para o setor de proteína animal brasileiro em 2022: cenário político instável, junto com as eleições presidenciais; colheitas imprevisíveis devido à instabilidade climática e à mudança da produção pecuária para a agrícola; e a possível redução da demanda chinesa por carne suína e bovina.
Estima-se que em 2021 o rebanho bovino cresça 1%, em 2022 se manterá estável devido ao aumento dos custos com alimentação animal para milho e soja. Isso vai motivar que a produção de carne bovina possa ser reduzida em 6% até 2021, chegando a 9,5 milhões de toneladas, em 2022, poderá aumentar em 2%, para 9,7 milhões de toneladas, devido a uma maior demanda internacional.
A demanda doméstica cairia 8% em 2021 para 6,9 milhões de toneladas e poderia crescer 1% até 2022. Os altos preços da carne e a renda disponível mais baixa para as famílias explicam isso. Os preços da pecuária e da carne bovina permanecerão elevados em 2021-2022, devido à demanda global por carne e a uma moeda nacional relativamente desvalorizada que favorece as exportações desses produtos.
As projeções para as exportações brasileiras apontam para 2,60 milhões de toneladas em 2021, quase 60 mil toneladas a mais do que em 2020, e em 2022 seriam em torno de 2,65 milhões de toneladas.
No caso da carne suína, até 2021, os custos de produção devem se manter mais estáveis e o consumo interno de carne suína deve aumentar levemente. A produção de carne suína deve crescer cerca de 5% em 2021, adicionando 4,32 milhões de toneladas, e cerca de 3,5% em 2022, para chegar a 4,47 milhões de toneladas.
A crescente demanda por carne suína da Ásia deve fazer com que as exportações brasileiras aumentem cerca de 7% em 2021 (1,32 milhão de toneladas) e cerca de 5% em 2022 para chegar a 1,41 milhão de toneladas exportadas.
Fonte: Eurocarne, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.