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Uruguai: veja a importância da cota 481 para a pecuária do país

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, destacou a importância da cota 481 para o país, não somente por valorizar a carne, mas também, pelo estímulo que representa para alguns sistemas produtivos. A cota nasceu no marco do litígio referente à carne com hormônios entre Estados Unidos e União Europeia (UE) e foi aberta para outros países.

O Uruguai é um dos cinco no mundo que têm acesso a essa cota.

“Hoje, o Uruguai exporta 50% mais da cota 481 do que da cota Hilton. Na cota Hilton, vão normalmente três cortes, os mais valiosos; na cota 481, podemos incluir 12 cortes a mais, além dos cortes da cota Hilton”, explicou Aguerre. Nos últimos três anos, o Uruguai exportou 9.700 toneladas dentro da cota 481, que, diferentemente da Hilton, tem tarifa zero (a Hilton é de 6.300 toneladas e tem tarifa de 20%).

A cota de alta qualidade representa uma oportunidade para que a pecuária uruguaia valorize mais sua carne. “Mais de 10.000 toneladas eram vendidas a um preço médio de US$ 7.600 (a tonelada), foram vendidas por quase US$ 9.000 por participar dessa cota”.

Porém, além dos preços, há outras vantagens. “Não creio que devamos avaliar a cota exclusivamente pela diferenciação de preços no produto final; também devemos levar em consideração a característica que essa cota tem de estimular sistemas produtivos mais exigentes”, disse Aguerre.

Para ele, a cota 481 está exigindo que a pecuária uruguaia “tenha uma melhor cria e uma melhor recria, exige que o país tenha uma melhor certificação e nos obriga a ter uma melhor genética, porque há um elemento chave que é a idade. Esses animais devem pesar 470 quilos com menos de 30 meses de idade”.

A grande vantagem do Uruguai é que continua mantendo seu rol de produtor de carne natural sobre pastagens, sem hormônios nem promotores de crescimento hormonal, mas, pó sua vez, pode entrar nessa nova cota que está destinada a animais terminados nos últimos 100 dias à base de uma dieta de grãos.

O processo de manter os mercados que tínhamos e criar 20 novos implicou 34 missões técnicas a diferentes países; 275 auditorias sobre plantas industriais e sistemas de produção; a habilitação de 17 novos estabelecimentos industriais, 10 deles para a exportação e a emissão de 938 certificações para a cota 481”.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Jose Ricardo S Rezende disse:

    Para mim o Uruguai é quem melhor entendeu a importância e que melhor explora as oportunidades de ter implantado um sistema de rastreabilidade nacional. Sem dúvida nenhuma também temos animais que poderiam perfeitamente ser enquadrados na COTA 481, mas patinamos na hora de “comprovar” que os requisitos foram cumpridos. Especialmente pela baixa adesão / motivação das fazendas de cria, que até hoje não viram muito benefício financeiro em participar.

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