O broker de carnes do Uruguai, Alejandro Berrutti, disse que no segundo semestre, as expectativas de preços são melhores para a colocação de carne bovina nos mercados internacionais; no entanto, ele disse que há vários mercados que não têm podido “levantar a cabeça”, como era de se esperar, por causa da crise econômica, política e comercial que sofreram.
Essas ações geram certa incerteza nos mercados e todas as compras de carne bovina estão sendo feitas a menores preços do que antes. Além disso, ele disse que a desvalorização do Real há alguns meses permitiu ao Brasil entrar nos mercados com valores muito competitivos frente a outros países exportadores.
“Nas últimas semanas, se tem visto uma grande afluência da carne bovina do Brasil com embarques significativos durante o mês de maio e junho e esse maior volume, com um maior número de plantas habilitadas, a diferentes portos da China tem feito com que os preço caiam, chegando ao que está propondo o mercado”.
O Real vem ganhando força frente ao dólar na segunda metade do ano, o que poderá levar o Brasil a se voltar mais ao mercado local, por preços mais atrativos, o que pode ajudar a descomprimir a oferta de carne no mundo e deixar espaço para que outros países, entre eles, o Uruguai, possa comercializar a melhores valores seus produtos.
Outro concorrente do Uruguai é a Austrália, país que tem uma grande vantagem tarifária nos mercados asiáticos frente aos do Mercosul e isso faz amortizar os altos custos. De qualquer maneira. Ele disse que esse não é um mercado tão competitivo na China como o Brasil, que está golpeando bastante a carne uruguaia.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.