Uruguai projeta novo certificado de carnes

A Junta Diretiva do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) começou a trabalhar essa semana sobre o certificado de autenticidade para que a carne uruguaia possa ter acesso, a partir do mês que vem, ao contingente tarifário de importação de carne bovina de qualidade superior, outorgado recentemente pela União Europeia (UE).

A UE abriu a outros países uma nova cota de carne bovina, procedente de animais engordados a grãos, que em princípio seria somente para a carne dos Estados Unidos. A nova cota, com caráter plurianual, é de 20.000 toneladas para este ano e, a partir do terceiro ano, chegará a 45.000 toneladas. A cota deverá ser cumprida entre 1º de julho e 30 de junho de cada ano.

No caso da carne uruguaia, o documento de autenticidade será outorgado pelo INAC, que certificará os canais dos animais a exportar. “Começamos as discussões do certificado de autenticidade com os setores que formam a Junta – pecuaristas, Governo e frigoríficos -, mas o documento tem dois aspectos. Por um lado, há aspectos anteriores ao abate e outros pós-abate”, disse o vice-presidente do INAC, Fernando Pérez Abella.

A dificuldade está em determinar um mecanismo que possibilite certificar que os animais a serem abatidos, e cuja carne será exportada dentro dessa nova cota tarifária, cumprem com os requisitos estabelecidos. É que, nos 100 dias anteriores ao abate, a Comissão Europeia pede que esses novilhos e novilhas de menos de 30 meses de idade sejam alimentados com rações com não menos de 62% de concentrados e/ou subprodutos de cereais.

“Estamos trabalhando intensamente, a prioridade é este certificado e penso que esta semana teremos algum adiantamento”, disse Pérez Abella.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.