Uruguai: novo dressing da carcaça já afeta preço do gado

Um frigorífico uruguaio comprou um caminhão de vacas, a US$ 2,65 o quilo na quarta balança e após o abate disse ao fornecedor que pagaria US$ 2,60, em função dos rendimentos maiores que os gados têm agora após a aplicação do novo decreto que estabeleceu limites máximos na operação de dressing (limpeza da carcaça), disse Alejandro Dutra, da empresa Daniel Dutra SA.

Isso significa que definir o dressing não significa uma solução, porque, na verdade, o melhor rendimento das carcaças agora seria ajustado pelos frigoríficos através dos preços preços, disse ele.

Esta situação é um dos exemplos que estão ocorrendo como resultado dos novos regulamentos que entraram em vigor em 1 de janeiro. Em um momento em que o preço do gado está aumentando, é difícil afirmar-se em US$ 3 por quilo de carne para novilhos, disseram outros comerciantes.

O representante da Federação Rural do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Guillermo Villa, disse que a porcentagem de dressing deveria baixar entre 2 e 3 pontos, melhorando o desempenho industrial em cerca de 1,5%.

Na primeira semana os resultados foram inferiores às percentagens citadas (cerca de 1%), o que pode ser o resultado de serem os primeiros dias, quando ainda estão sendo feitos ajustes nas indústrias, bem como no controle do INAC.

Dutra disse que o produtor receberá US$ 2,65 por quilo de carne, como deveria, mas é um “disparate transferir o rendimento do gado ao preço, quantificar em cinco centavos, e avisar depois que está abatido”. Ele disse que se de agora em diante a planta disser que pagará menos centavos, porque o gado está rendendo mais, “será uma loucura”.

Finalmente, ele disse que a questão não está fechada ainda e “nós estamos esperando para ter uma novidade da diretoria da planta”.

Fonte: El Observador e El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.