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Uruguai: exportações de carne para cota 481 crescerão 20% até junho

Estima-se que as exportações de carne bovina para a cota europeia 481 no final do ano-safra próximo dia 30 de junho, irá atingir cerca de 17 mil toneladas, o que significa um aumento de aproximadamente 20% em relação ao mesmo período anterior. O preço médio foi de quase US$ 9.000 a tonelada nos primeiros três meses de 2017.

Para um país pequeno como o Uruguai “estamos com um desempenho muito bom, cobrindo quase um terço deste negócio” habilitado pela UE para seis países, disse o presidente da Associação Uruguaia de Produtores Intensivos de Carne (Aupcin), Álvaro Ferrés.

Ele acrescentou que, em termos aproximados, os outros dois terços das compras autorizadas pela União Europeia são atendidos por EUA e Austrália, enquanto a Argentina cresce como fornecedor dessa cota, que também inclui Canadá e Nova Zelândia.

A atividade dos confinadores de gado segue sendo realizada com intensidade e estimam que será normal para todo o ano de 2017, frente à incerteza de que pode haver um problema pelas reclamações apresentadas pelos EUA para a UE. No entanto, será necessário esperar para o ano que vem para ver como ficará essa situação e como seguirá o negócio.

O negócio da cota 481 perdeu valor em relação ao que foi há muito tempo, porque os preços que recebem para o gado destinado ao abate para essas exportações caíram e isso faz com que o negócio não seja tão atraente, disse Ferrés.

Ele acrescentou que este fator, combinado com os preços dos animais de reposição estão altos – por mais que os animais para a cota 481 tenham baixado um pouco -, fazendo com que para muitos produtores, não seja um negócio tão interessante quanto antes. Há produtores que deixaram de confinar o gado para a 481 e outros são confinando animais de outras categorias, por exemplo, bovinos para exportar em pé.

Ferrés disse que os confinamentos continuarão operando e respondendo aos desafios que se apresentam, porque “ninguém pensaria nos volumes de abate que o Uruguai tem se os currais não estiverem operacionais, seja com negócios para cota da Europa, para China ou Japão, cuja abertura está próxima, enquanto diversifica quando a cota 481 não for tão atraente.”

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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