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Uruguai: Estimativa de baixo volume de gado para cota 481

A Associação Uruguaia de Produção de Carne Natural Intensiva (Aupcin), associação civil sem fins lucrativos cujo objetivo é defender, promover e fomentar a produção, comercialização e distribuição de todos os tipos de animais criados com métodos intensivos de engorda(confinamento), estima que para a próxima janela de exportações de carne para a cota de 481, por uma questão física, não haverá um grande volume de gado para o abate.

O presidente da Aupcin, Álvaro Ferrés, lembrou que as janelas de exportação “estão encolhendo cada vez mais” e considerou que isso “impactará o volume de gado abatido e o volume de carne exportada dentro da cota”.

A próxima janela será aberta por volta de 10 de novembro e durará entre três ou quatro semanas, estima-se que fechará em 10 de dezembro próximo. “O fato de o Uruguai abater menos gado para a cota de 481 e exportar menos carne trará consequências nos negócios”, afirmou o presidente da Aupcin.

A situação fará com que “cada vez mais, os negócios alternativos à cota de 481, venham a ser estudados ou planejados, para que os currais de engorda (confinamento) continuem trabalhando no Uruguai”, disse Ferrés.

Para Aupcin, a alternativa que está sendo vista são os negócios em outros destinos, basicamente China e Ásia e alguns outros que estão atualmente procurando gado de cota com 100 dias de engorda em confinamento antes do abate.

“Há algumas propostas e também há alternativas para as carcaças mais pesadas. O Uruguai precisa necessariamente buscar alternativas para que a carne em confinamento continue sendo produzida e o abate seja mantido”, afirmou o presidente da Aupcin.

Os números da engorda em condinamento têm um componente adicional que é o preço dos grãos e esse insumo aumentou o suficiente nos últimos meses como resultado da seca. “Nós particularmente não prevíamos que eles subiriam tanto e que a margem do negócio encolheria muito, mesmo que o preço da carne exportada dentro da cota e até mesmo o preço do boi subisse, mas a margem de negócios diminuiu muito. Isso está afetando os negócios do confinamento.”

O Uruguai é um forte fornecedor de carne dentro da cota 481, a cota de carne de alta qualidade destinada à União Europeia para rebanhos com menos de 24 meses terminados em grãos nos últimos 100 dias antes do abate (exportações acima de 9.300 toneladas).

Por outro lado, os currais de engorda estavam recriando gado suficiente para exportar em pé. “Muitos confinamentos foram transformados em quarentenas para exportação em pé”, mas algumas complicações com a moeda turca, complicam temporariamente o negócio, gerando uma incerteza adicional para os currais de engorda uruguaios.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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