O presidente da Federação Rural do Uruguai, Carlos María Uriarte, disse estar muito preocupado porque o setor de carnes tem uma enorme vulnerabilidade. “Preocupa muito a vulnerabilidade com relação aos interesses de quem domina hoje a indústria frigorífica, que não estão alinhados com os interesses do país”.
“Quando temos um mundo que está disposto a pagar altos preços e nossa carne é valorizada, deveríamos estar trabalhando com a máquina a todo vapor e grande parte do tempo não é assim, porque há uma decisão empresarial razoável que não justifica. Essa é a decisão que deveríamos reverter”.
Para Uruarte, o grande desafio é “encontrar essa saída que permita elevar os abates a 3 milhões de cabeças bovinas anuais”.
O Uruguai manteve os abates baixos nos últimos anos e “à medida que todos estamos conscientes de que é necessário corrigir isso, que a indústria trabalhe a todo vapor, que abata o máximo possível e que tenhamos uma exportação em pé trabalhando forte, criaremos mais receitas para todos os uruguaios”.
Ele lembrou que o próprio ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do país, Tabaré Aguerre, reconheceu que o Uruguai poderia ter US$ 1 bilhão a mais de receitas anuais se conseguisse o objetivo de chegar a abater anualmente 3 milhões de bovinos.
Os baixos abates que, segundo ele, estão ocorrendo desde junho de 2013, e o desestímulo repercutem sobre o elo mais fraco da cadeia: os produtores. Além do efeito do clima, os criadores demonstraram ao longo dos anos que podem produzir mais quando recebem sinais favoráveis.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.