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Uruguai: é necessário intensificar a produção

O potencial de carnes do Uruguai e o contexto internacional, assim como os desafios que o setor tem por diante foram analisados a fundo na jornada de discussões organizada pelas sociedades de criadores de Braford, Brangus e Montana. "O Uruguai vai por um bom caminho", disse o ex-ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca, que também ocupou há anos a presidência do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Roberto Vázquez Platero. Para ele, a pecuária uruguaia e a exportação de carnes "seguirá crescendo e vamos fazer isso com intensificação".

O potencial de carnes do Uruguai e o contexto internacional, assim como os desafios que o setor tem por diante foram analisados a fundo na jornada de discussões organizada pelas sociedades de criadores de Braford, Brangus e Montana.

“O Uruguai vai por um bom caminho”, disse o ex-ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca, que também ocupou há anos a presidência do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Roberto Vázquez Platero. “No Uruguai, se passará do velho sistema de pecuária pastoril a um sistema novo, onde existirá muito mais complementaridade entre a agricultura e a pecuária por via do uso de grãos e de suplementações, através de melhorias nos pastos, que serão mais escassos, com um preço do bezerro também reduzido, mas mais alto com relação ao novilho gordo”, disse o consultor durante o evento, ocorrido na Sociedade Rural de Durazno, com a presença de mais de 200 pessoas.

Para ele, a pecuária uruguaia e a exportação de carnes “seguirá crescendo e vamos fazer isso com intensificação, porque os mercados assim o justificam”. Sobre a importância da qualidade da carne uruguaia na hora de abrir os mercados, ele enfatizou que precisa ser bem demonstrada. Em sua análise, ele reconheceu que, com o preço muito alto da vaca com relação ao bezerro e próximo ao preço do novilho, os diferentes modelos de cria são afetados. Por outro lado, reconheceu que gostaria que houvesse “tipificação bem clara que cada um saiba que carne é de vaca e qual é de novilho, para que diferenciemos bem o produto. Temos que ter qualidade, demonstrar e certificar, isso é o que precisamos”.

Por outro lado, o diretor do Programa de Produção de Carne e Lã do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA), Fabio Montosi, deu ênfase especial no fato de o Uruguai ser um país produtor de alimentos. “Não somos vendedores de vacas, nem de novilhos, nem de carne, nós vendemos alimentos com as responsabilidades que isso implica”.

Ele disse que, às vezes, custa-se a acreditar nisso, “mas o mercado está marcando a necessidade de entrar nesse aspecto. Vimos isso recentemente no Congresso Mundial de Carne, em Buenos Aires. O meio-ambiente, a inocuidade dos alimentos, o bem-estar animal e os alimentos relacionados com a saúde humana são temas que estão em cima da mesa”.

Referindo-se ao produtor de forma individual, ele disse que “isto é um negócio. Quando se avalia os números da pecuária extensiva, vê-se que estamos em uma situação bastante crítica. Por isso, as tecnologias que nos ajudem a aumentar a eficiência representam uma opção muito boa”.

A reportagem é do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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