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Uruguai deverá ajustar rastreabilidade para cumprir as regras da UE

As entidades ruralistas do Uruguai pediram ao Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) que peça uma prorrogação à União Europeia (UE) para além de 2010 no prazo para que o país tenha rastreabilidade em todo o rebanho bovino. Além disso, reclamaram um ajuste na lei vigente.

As entidades ruralistas do Uruguai pediram ao Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) que peça uma prorrogação à União Europeia (UE) para além de 2010 no prazo para que o país tenha rastreabilidade em todo o rebanho bovino. Além disso, reclamaram um ajuste na lei vigente.

A partir do ano que vem, com o objetivo de fornecer maiores garantias a seus consumidores, a UE começará a exigir que a carne exportada ao bloco provenha de gado com rastreabilidade individual provada.

A pecuária uruguaia se preparou para cumprir com esse requisito a partir de setembro de 2006, quando começou a identificar os bezerros nascidos em cada estação de cria, mas há vários animais que perderam esse rastreamento e segundo a lei vigente, ficam excluídos do mercado da UE. Por isso, as entidades de pecuaristas buscam reincorporar esses animais ao sistema e, inclusive, rastrear os animais nascidos antes de 2006, de forma que começaram a se reunir com as autoridades do Sistema de Identificação e Registro Animal (SIRA) para trabalhar no assunto.

Entre os requerimentos dos pecuaristas está que se peça à UE maior flexibilidade com o Uruguai no caso da rastreabilidade individual, mas o pedido não é compartilhado pelas autoridades do SIRA. O ex-diretor do SIRA e atual assistente do mesmo, Juan Magallanes, disse que não concorda com a ideia de pedir uma prorrogação do requisito à UE, “muito menos depois que o Uruguai se comprometeu a cumpri-lo”. Ele, no entanto, concordou que pode ser que tenham que ser feitas mudanças na lei vigente e no decreto regulamentar.

Segundo o boletim Faxcarne da consultora Blasina & Tardáguila, fontes das entidades rurais e da secretaria do Estado confirmaram que se está trabalhando em um possível ajuste da legislação vigente para contemplar os casos de animais não rastreados, para que possam entrar no circuito exportador. Por outro lado, o SIRA prepararia uma nova licitação para aquisição de 4 milhões de identificadores eletrônicos para serem aplicados nos animais nascidos antes de 2006 e assim, incluí-los nas exportações à UE.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Apesar de ter adotado um modelo de rastreabilidade diferente do Brasileiro, inclusive com o fornecimento gratuito pelo governo de brincos eletronicos aos produtores, de possuir um rebanho muito menor e menos disperso geograficamente, além da atividade possuir um peso economico proporcional no PIB muito maior, o Uruguai também tem dificuldades em atender as exigências da UE. Não porque as exigências sejam complexas (são basicamente as mesmas que nos fazem), mas porque implantar mudanças estruturais em qualquer setor sempre exige esforço e superação de resistencias. Temos que aceitar o fato que as exigências dos consumidores serão crescentes e que temos que nos adequar para atende-las. Barreiras comerciais, pelas mais diversas razões, precisam ser superadas.

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