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Uruguai: crise na UE e menor demanda da Rússia não afetam exportações de carne bovina

A tonelada de carne bovina exportada pelo Uruguai valorizou 1,63% e ficou com um preço médio de US$ 3,858, segundo dados parciais do Instituto Nacional de Carne do país (INAC). A crise econômica na União Europeia (UE) e a menor demanda da Rússia parecem não ter afetado o Uruguai, que tem outros mercados para se defender

A tonelada de carne bovina exportada pelo Uruguai valorizou 1,63% e ficou com um preço médio de US$ 3.858, segundo dados parciais do Instituto Nacional de Carne do país (INAC).  A crise econômica na União Europeia (UE) e a menor demanda da Rússia parecem não ter afetado o Uruguai, que tem outros mercados para se defender. No primeiro caso, a colocação em volume caiu 10,38% até 20 de abril. A esse destino, onde a maioria da carne entra dentro a cota de 6.300 toneladas que o Uruguai tem com preferência tarifária, foram exportadas até essa data 15.523 toneladas peso carcaça, frente às 17.322 toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior, queda de  9,9% no valor das vendas.

No entanto, no mercado russo, onde a carne paraguaia segue sendo priorizada frente à uruguaia, uma vez que, após a aftosa, a Rússia é o principal destino da carne paraguaia, o volume exportado baixou 10,35%. Segundo o INAC, foram 28.681 toneladas frente às 31.995 toneladas vendidas até 20 de abril de 2011. O faturamento baixou  11,4% no mesmo período.

A carne uruguaia tem mais de 100 mercados e, entre eles, Israel está sendo muito importante, porque está comprando mais. O mercado local espera que até o fim do mês, os grupos de rabinos que controlam os abates Kosher voltem a trabalhar nos frigoríficos uruguaios. Israel comprou 72,9% mais carne bovina uruguaia – dianteiro bovino -, ficando com 14.600 toneladas até a semana passada, quando no mesmo período do ano passado tinha comprado 8.441 toneladas. Paralelamente, o faturamento cresceu em 71,3%, mas basicamente pelo maior volume exportado, e não pelo aumento dos preços.

Os frigoríficos uruguaios estão priorizando a exportação de carne para a América do Norte, pois entrar no Canadá, Estados Unidos e México com carne fresca, desossada e maturada é uma coisa que os frigoríficos argentinos e brasileiros, não podem fazer ainda. Dentro desses três países, a maior demanda provém dos Estados Unido, onde o volume exportado cresceu 33,9%. A demanda foi de 12.925 toneladas, quando no ano anterior, o volume comprado foi de 9.648 toneladas. O faturamento cresceu 34,9% devido a um maior volume exportado, porque nesse mercado, os valores dos negócios caíram entre 4% e 8%, segundo confirmou a indústria frigorífica uruguaia.

No Mercosul, o crescimento da demanda foi registrado por Chile e Argentina. No Chile, o volume exportado cresceu em 23,1%. Foram 6.431 toneladas frente a 5.220 toneladas no mesmo período do ano anterior. O faturamento cresceu 14,5%. Por outro lado, a Argentina é um grande demandante de assados bovinos. Foram exportados 31,9% a mais a esse mercado e o faturamento cresceu 40,9%. A demanda brasileira caiu 11%. Foram exportadas 3.281 toneladas até 20 de abril, frente às 3.287 toneladas no mesmo período do ano anterior.

Fonte:  El País Digital, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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