Unindo esforços com a meta de elevar para 3.000.000 de cabeças bovinas os abates anuais – hoje não superam os 2,5 milhões de cabeças – 16 plantas frigoríficas, um grupo de fornecedores e o Banco Santander do Uruguai puseram em marcha um consórcio, “Pecuária 3 milhões”, que possibilitará aos produtores terem acesso a créditos para financiar seus insumos e produzir mais.
A única garantia que o produtor deverá fornecer ao entrar no sistema é o gado com rastreabilidade, podendo vender se decidir sair e pagar suas contas, tanto ao frigorífico, como para outro criador ou para exportação em pé. Em troca, receberá insumos para aumentar sua produção de carne, o que será financiado pondo como garantia seu gado rastreado. A operação estabelece que, quando o produtor vende seu gado, paga as contas e sai do sistema. Segundo foi anunciado no lançamento durante a Expo Prado, a taxa de juros do crédito será de 5,85%.
“O Pecuária 3 milhões nasce de uma necessidade que é a falta de matéria-prima, mas em nome das 16 plantas frigoríficas, o impulsionamos também por outras razões”, disse o presidente do Consórcio, Rodrigo Gõni. “Depois de mais de dois anos de marchas e contramarchas, esperando dívidas, superando prejuízos e desconfianças, optamos por esse largo caminho de trabalhar juntos”. Ele disse que “há empresas poderosas, poderíamos ter optado por tirarmos vantagem entre nós mesmos, mas nosso esforço é para essa forma inovadora e visão de longo prazo”.
O presidente do Banco Sandander, Jorge Jourdan, por sua vez, destacou o projeto inédito, que conseguiu “integrar os fornecedores ao financiamento e à indústria frigorífica, mantendo ao produtor a liberdade no momento de vender”. Isso é o mais valorizado pelas associações rurais e o motivo que levou a Associação Rural do Uruguai e a Federação Rural a apoiar essa iniciativa.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
This post was published on 23 de setembro de 2010
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Integração da cadeia....algo que ainda precisa ser construido para permitir um novo salto do setor.
E o boi rastreado, como garantia de financiamentos, desde que bem resolvidos os aspectos jurídicos e operacionais é uma idéia excelente.
Com a rastreabilidade bois específicos podem ser oferecidos em garantia. E o boi trata-se de um ativo extremamente líquido e que ao invés de se depreciar ganha valor com o tempo.
Vou acompanhar com atenção esta experiência pois acredito que possamos adequa-la a nossa realidade.