Uruguai busca fortalecer clientes na Anuga 2019

Tudo pronto para uma nova edição da feira Anuga, na Alemanha, a mais importante em conjunto com a SIAL Paris, onde as empresas uruguaias impulsionarão suas marcas e buscarão dar um impulso ao mercado, além de estreitar os laços com seus clientes tradicionais.

Como todos os anos, o Instituto Nacional da Carne (INAC) facilita a presença de exportadores uruguaios em uma das mais importantes feiras de alimentos da Europa, juntamente com a SIAL Paris e nesta edição estará presente em um estande de dois andares com quase 600 metros quadrados e com uma delegação próxima a 80 pessoas.

Segundo a agência, 20 frigoríficos com expositores e 20 outras empresas de operadores, intermediários e empresas acompanhantes que trabalharão durante os cinco dias da feira estarão participando, trocando opiniões e informações com os clientes. Durante os primeiros quatro dias, haverá degustação de carne para os clientes e uma recepção no Hotel Rheinterrassen, como foi feito nos anos anteriores.

A delegação oficial será composta pelo presidente do Instituto Nacional da Carne (INAC), Federico Stanham, Ing. Agr. Ricardo Reilly, representando os produtores, e Eduardo Urgal, representando a indústria. Há também a gerente de marketing do INAC, Lautaro Pérez, e a coordenadora do estande, Cecilia Shaw. A feira de Anuga alterna com a SIAL Paris e é considerada a mais importante da União Europeia, com mais de 6.000 expositores de 95 países e cerca de 160.000 visitantes de 156 países.

“Esperamos encontrar algo diferente do que temos visto nos últimos três semestres, onde na União Europeia houve um excesso de oferta de carne argentina a preços muito competitivos e que gerou menos interesse pela carne uruguaia e menos exportações ”, confirmou Eduardo Urgal, diretor do Frigorífico Pando e representante da indústria no Conselho de Administração do INAC, ao El País.

Como outros industriais, o empresário argumenta: “Espero que vejamos algo diferente”, porque até agora “não há nada que indique que a feira possa ser exibida com dinamismo e com uma demanda em volumes e preços melhor do que estamos assistindo”.

Os industriais, produtores e operadores que compõem a delegação oficial esperam ter algo novo sobre a cota 481 – a cota de alta qualidade para bovinos com menos de 24 meses com terminação de grãos nos últimos 100 dias antes do abate – onde os Estados Unidos reivindicaram a maior parte da cota de 45.000 toneladas por ano.

“Sabemos que estamos comprando tempo e espero que demore o máximo possível, porque o que vamos fazer é destruir o valor pagando mais impostos”, estimou Urgal, porque, conforme as coisas são dadas, o Uruguai estará perdendo a maior parte da cota.

Marcar presença no segmento de elite.

Para a indústria frigorífica, a estratégia adotada pelo Uruguai na Alemanha deu um bom resultado, principalmente para “aumentar a exposição da marca uruguaia a níveis de sofisticação na demanda que não são os habituais. É nesses níveis que queremos nos posicionar ”, afirmou Eduardo Urgal, diretor do Frigorífico Pando. Ele considerou que, para os propósitos do complexo de carne uruguaio, essa estratégia “pode ​​ter um efeito futuro, mas não está sendo comercializada hoje”.

No ano passado, a rede de restaurantes alemã Block House obteve 56% de satisfação entre seus clientes, segundo um estudo de mercado que revelou 10 empresas locais dedicadas à gastronomia que trabalham com carne bovina uruguaia.

O estudo abrangeu 10 redes de restaurantes locais, com uma análise de mercado que mediu a qualidade dos relacionamentos entre empresas e seus clientes usando cinco categorias, de acordo com o relacionamento emocional que os vincula a uma determinada marca. A carne uruguaia continua conquistando o mundo.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.