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Uruguai: aumenta o consumo interno de carne

A estabilidade dos preços e uma maior oferta de cortes de alta qualidade no mercado interno levaram ao crescimento do consumo de carne bovina no Uruguai para 57 quilos por habitante por ano, dos cerca de 53 quilos em 2008.

A estabilidade dos preços e uma maior oferta de cortes de alta qualidade no mercado interno levaram ao crescimento do consumo de carne bovina no Uruguai para 57 quilos por habitante por ano, dos cerca de 53 quilos em 2008.

Esse consumo é dos mais altos já registrados e está muito próximo dos elevados consumos verificados em 2000 (59,2 quilos) e 2001 (58,4 quilos), anos em que o país registrou suas epidemias de febre aftosa que reduziram os mercados de exportação parcial ou totalmente.

“Aumentou muito a qualidade da carne nessa última década”, disse o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti e, como prova, menciona a quantidade de cortes a vácuo que hoje é encontrada nos grandes supermercados e açougues.

Por outro lado, Fratti disse que hoje os frigoríficos estão mirando mais o mercado interno e que se nota a maior participação das indústrias nesse segmento. “Acabou aquilo de que o mercado interno subsidiava a exportação. O consumidor uruguaio está pagando hoje o preço correspondente pela carne, mas é um produto com a mesma qualidade que o produto voltado à exportação. Há vários frigoríficos exportadores que estão achando atraente participar do abastecimento”.

Entre os grandes avanços a nível de mercado local em benefício dos consumidores registrados em 2009, Fratti destacou o decreto que regula a quantidade de gordura que deve conter a carne moída e as medidas (de redução do imposto sobre valor agregado) tomada com certas carnes, favorecendo o consumo.

Não se deixou de exportar por mais que tenha crescido o consumo interno. As exportações de carne do Uruguai serão levemente superiores em volume às de 2008, mas o que é mais importante, a carne uruguaia se valorizou mais no mundo. O ano fechará com uma venda ao exterior de 385.000 toneladas, frente às 376.000 toneladas exportadas no ano passado.

Segundo dados do INAC, o preço médio da tonelada fechará em cerca de US$ 2.470. A média de 2009 está em mais de US$ 300 acima da média de 2007, que foi de US$ 2.140. Segundo Fratti, desde a saída da crise gerada pela epidemia de febre aftosa, a média de exportação de carne uruguaia aumenta entre US$ 100 e US$ 200 por tonelada por ano (peso carcaça).

O vice-presidente da Associação de Frigorificos Habilitados para o Mercado Interno, Carlos Pagés Pineda, disse que o consumo interno cresceu porque “há crise no mundo e o mercado interno atenuou seu impacto, sustentando os preços da carne em níveis razoáveis”.

Durante o segundo semestre do ano, os frigoríficos industrializaram mais carne que durante os primeiros seis meses do ano, acompanhando a expansão da demanda.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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