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Uruguai aposta na valorização da carne bovina

A cadeia de carnes do Uruguai fechará 2011 exportando um volume de carne bovina similar ao registrado em 2010 - cerca de 370.000 toneladas -, mas por um valor pelo menos 20% maior, segundo o Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC). "Uma vez que o Uruguai esteja posicionado internacionalmente e com um valor interessante pela tonelada de carne exportada, o que falta é o caminho para agregar mais valor e nisso estamos ainda no início. Se queremos posicionar o Uruguai como um país de elite quanto às exportações de carne e obter valores mais altos, incessantemente se deve ir diretamente aos nichos de maior valor e, aí, entram os produtos em porções", destinados a restaurantes de elite, cruzeiros e hotéis de mais alto nível.

A cadeia de carnes do Uruguai fechará 2011 exportando um volume de carne bovina similar ao registrado em 2010 – cerca de 370.000 toneladas -, mas por um valor pelo menos 20% maior, segundo o Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC).

No ano passado, o valor médio da tonelada de carne bovina exportada pelo Uruguai foi de US$ 3.100 e, nos primeiros três meses de 2011, chegou a US$ 3.700 por tonelada. A tendência crescente tem se mantido nos últimos cinco anos e, inclusive, nesse ano voltará a superar em valor o recorde de 2008, quando chegou a um faturamento de US$ 1,222 bilhões. Além disso, o preço médio da tonelada de carne bovina exportada pelo Uruguai cresceu em 41%, mas o volume exportado caiu em 15% com relação ao primeiro trimestre de 2010.

Nem o conflito na Líbia que afeta mercados do Norte da África e países árabes, aos quais os frigoríficos uruguaios vendem alguns produtos, levam a uma mudança, pelo menos por enquanto, nas previsões do INAC. Para o presidente do INAC, Luis Alfredo Fratti, o Uruguai tem caminhos para valorizar mais a carne que exporta ao mundo e, uma dessas saídas, é entrar com cortes porcionados em alguns mercados de alto valor.

“Uma vez que o Uruguai esteja posicionado internacionalmente e com um valor interessante pela tonelada de carne exportada, o que falta é o caminho para agregar mais valor e nisso estamos ainda no início. Se queremos posicionar o Uruguai como um país de elite quanto às exportações de carne e obter valores mais altos, incessantemente se deve ir diretamente aos nichos de maior valor e, aí, entram os produtos em porções”, destinados a restaurantes de elite, cruzeiros e hotéis de mais alto nível.

Entre esses destinos está a China, onde existe a possibilidade de entrar com carne com osso. “É um dos destinos em que pode ser mais viável entrar com esses produtos, mas não é o único para esse tipo de mercadoria”.

Na União Europeia (UE) e inclusive mercados como a Rússia (hoje, o principal para as carnes bovinas uruguaias) há lugar para entrar com esses produtos de maior valor agregado. Outro nicho interessante para colocar carne em porções são os restaurantes de elite criados pelo INAC no marco do projeto Uruguay Natural Club. Nesses dias, está de visita um empresário espanhol que está interessado em ter a franquia desse projeto.

A ideia do INAC é apontar com esse projeto a restaurantes da UE “não porque cremos que seja o grande consumidor”, mas sim, porque dentro desse destino, “existem nichos de alto valor para serem ocupados, que também servem como espelho para poder vender carne em outros países”.

O INAC disse que a China também pode ser outro grande nicho. “Hoje temos em Xangai um importador exclusivo de carne bovina uruguaia e me parece bastante atípico para o mercado internacional e bastante bom para o Uruguai que exista um empresário que crê que importar somente carne uruguaia é um bom negócio”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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