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Uruguai analisa ações para não perder Cota 481

O presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Federico Stanham, garantiu ontem que está fazendo o maior esforço para “buscar vias que permitam dar continuidade à cota 481” diante das incertezas de perdê-la no futuro. “Produtores e indústrias estão convencidos de que esse negócio é das melhores coisas que ocorreram ao Uruguai, porque permite programas e encadear definitivamente do mercado até a cria, toda a cadeia, de uma forma muito interessante”.

A cota é para carne bovina de alta qualidade, destinada a bovinos cujos últimos 100 dias anteriores ao abate tenham sido terminados com grãos e surgiu no litígio entre Estados Unidos e União Europeia (UE) pela proibição da carne bovina com hormônios. Depois, abriu-se para outros fornecedores e o Uruguai pode ter acesso.

Em seus quatro anos de participação, o Uruguai está sabendo aproveitar muito bem, com mais de 9.000 toneladas exportadas – superando amplamente a cota Hilton de 6.300 toneladas anuais e para carne produzida a pasto -, mas cresce o medo de que se os Estados Unidos concretizarem o Tratado de Livre Comércio com a UE, a cota desapareça.

Segundo ele, o que dizem a nível de organismos de comércio e próximos à representação da UE em Bruxelas, “é que é possível que desapareça”, mas há alternativas para reclamar “o que estivemos aproveitando tão bem durante tantos anos”.

No entanto, como a cota não foi outorgada ao Uruguai, mas sim, dada aos Estados Unidos, “há muitas coisas que estão fora de nosso controle”. O outro cenário possível é que os exportadores americanos, insatisfeitos porque não puderam aproveitar a cota, não descartem a possibilidade de que deem para trás com o convenio que lhes habilitou a cota 481”.

Se existir uma denúncia do acordo por parte dos Estados Unidos, há um processo de pelo menos seis meses, nos quais se tomaria a decisão ou finalizaria o convênio. “Haverá um tempo não muito grande para iniciar ações diplomáticas ou gestões comerciais para ter algum tipo de compensação”, disse Stanham, que esteve este mês analisando o problema junto às autoridades em Bruxelas.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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