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Uruguai: abate de fêmeas preocupa frigoríficos

A indústria frigorífica do Uruguai está preocupada pelo alto abate de fêmeas que vem sendo registrado esse ano e com os prejuízos que isso representa para 2010. Somente há dois antecedentes disso no país: em 1982, com o "quiebre de la tablita" (fim do sistema de paridade do peso uruguaio com o dólar norte-americano que tinha sido implantado em 1978) e na seca de 1988 e 1989. O abate de vacas gordas continua alto e segue superando o de novilhos nesse ano.

A indústria frigorífica do Uruguai está preocupada pelo alto abate de fêmeas que vem sendo registrado esse ano e com os prejuízos que isso representa para 2010. Somente há dois antecedentes disso no país: em 1982, com o “quiebre de la tablita” (fim do sistema de paridade do peso uruguaio com o dólar norte-americano que tinha sido implantado em 1978) e na seca de 1988 e 1989.

O abate de vacas gordas continua alto e segue superando o de novilhos nesse ano. No entanto, a situação vem ocorrendo há quase dois anos a um ritmo crescente, já que os produtores estão mandando suas vacas aos frigoríficos para fazer caixa.

“Estamos muito preocupados o aumento no abate de vacas, porque não somente ocorre esse ano, mas no ano passado também se abateram mais vacas”, disse o secretário executivo da Câmara da Indústria Frigorífica (CIF), Daniel Belerati. Para ele, isso deve se converter em “um sinal de advertência para o setor agropecuário porque, pois serão reduzidos os nascimentos anuais ao haver menos ventres no rebanho”.

O Instituto Plano Agropecuário (IPA) projetou uma baixa de 7,5% no rebanho bovino do Uruguai para o fechamento do exercício de 2009/10, que termina no final desse mês. A projeção do IPA, a cargo do técnico Esteban Montes, também confirma outro medo da indústria frigorífica: de que haverá menos bezerros por causa da seca. “A queda no rebanho tem sua explicação na baixa produção de bezerros como consequência da seca de 2008/09. De um total de 881.732 cabeças, a queda no número de bezerros será de 800.986”.

Outro aspecto que se destaca na projeção do IPA é uma queda de 6,3% nos total de novilhas e um aumento de 4% na categoria de novilhos, o que parece se refletir na composição de abates.

Para a indústria de carnes, a confirmação no trabalho do IPA de que se perderam mais de 800.000 bezerros por causa da seca, é outro sinal de preocupação. “Esses bezerros a menos pesarão no abate do ano que vem de forma duríssima. A perda implica em menos carne para exportação, menos trabalho para os empregados dos frigoríficos e maior capacidade ociosa a nível industrial. Portanto, o setor terá menor competitividade”, disse Belerati.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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