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Um gigante em pés de barro- Por Luciano Vacari

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, com características sociais, econômicas e ambientais únicas e altamente positivas. Porém, quando analisada a dependência em relação aos insumos, como é o caso dos fertilizantes, vemos um verdadeiro gigante em pés de barro. Há uma enorme fragilidade na base das cadeias produtivas.

O conflito entre Rússia e Ucrânia deixou isso ainda mais evidente. Há uma dependência externa que não é trivial, mais de 85% dos fertilizantes utilizados na agropecuária são importados. É preciso estratégia para o médio e longo prazo e o Plano Nacional de Fertilizantes é essencial.

Entre muitos pontos estabelecidos no Plano, sem dúvida um que será o carro chefe será a inovação por meio de produtos e processos biológicos. Se a Fixação Biológica de Nitrogênio, por exemplo, já é um sucesso na cadeia da soja, iniciativas como essa ou ainda mais inovadoras e arrojadas serão necessárias para garantir o abastecimento alimentar.

No entanto, precisamos discutir a situação atual. A ministra Tereza Cristina afirmou que a safra atual está garantida. Mas e a próxima? Esperamos, claro, que este conflito esteja resolvido até lá. Porém, temos que ter em mente que produzir o fertilizante e distribuí-lo em um país continental é complexo.

Precisamos saber ao certo como o Brasil poderia atender a demanda, qual o potencial produtivo do nosso país. O aumento da produção de fertilizantes depende da disponibilidade de recursos minerais. Elementos como fósforo e potássio precisam ser extraídos das jazidas minerais. E sim, muitas delas estão em áreas que hoje não podem ser exploradas.

O potássio, por exemplo, possui reservas nos estados de Sergipe e no Amazonas, mas a exploração atualmente é legalmente inviável. Discussões que há anos vêm se arrastando, agora precisam de uma solução rápida e plausível. O Brasil não pode mais protelar decisões importantes, das quais dependem não apenas os interesses de alguns grupos, como os mais radicais dizem. Mas decisões que garantem o desenvolvimento e o abastecimento para a população.

É necessário estimular investimentos, tanto para a extração das jazidas já conhecidas, como para elevar o nível de conhecimento geológico do país, descobrindo novas jazidas e viabilizando economicamente a extração das que já existem. As tecnologias disponíveis hoje em dia garantem a segurança ambiental e social da exploração e vale lembrar que, quando há legalidade, há desenvolvimento, geração de emprego e de renda.

Não estamos falando de garimpos clandestinos, desordenamento social e ambiental. Mas de investimentos concretos, pesquisas, tecnologia, alimentos e pessoas.

*Por Luciano Vacari é gestor de agronegócios e diretor da Neo Agro Consultoria e Comunicação

1 Comment

  1. Raquel disse:

    Veganos possuem uma mente fundamentalista e vivem num estado muito profundo de negação que os impede de usar o raciocínio lógico. São pessoas emocionais e por isso não conseguem fazer análises amplas. O texto fala claramente sobre o desequilíbrio ambiental causado pelas lavouras de vegetais para consumo humano, que ao contrário dos pastos para consumo animal não requerem agrotóxicos por serem menos afetados por pragas. O texto fala sobre a morte de uma variedade imensurável de espécie como pássaros, coelhos, sapos, lebres, minhocas… e insetos como gafanhoto, joaninhas, borboletas, abelhas etc…. Se as abelhas forem extintas o que já está acontecendo toda a natureza morre. Além disso as lavouras para consumo humano requerem agrotóxicos cada vez mais fortes, uma vez que as pragas pela sua própria evolução se tornam resistentes aos pesticidas que contaminam o solo os rios matando os peixes e deixando a água impropria para consumo. Uma pessoa escreveu que o autor do texto estava comparando a morte de animais de grande porte com a morte de formigas quando pisamos ao andar no parque, isso porque essa pessoa com sua mente fundamentalista em estado de negação acreditou tando naquilo que tomou como verdade absoluta e passou a fazê-la se sentir mais evoluída, que simplesmente se nega enxergar qualquer evidência científica. Em nenhum momento o autor do texto faz comparação tão esdrúxula, o texto nós atenta para a morte de uma infinidade de espécies que são se extrema importância para o equilíbrio do meio ambiente, animais que correm inclusive o risco de serem extintos o que não ocorrerá com animais de corte. Outra pessoa afirmou que o desmatamento para pecuária gera os mesmos danos, como se não fosse necessário o desmatamento ainda maior para suprir as necessidades dessa imensa população caso fossem veganos.
    A verdade é que num pasto com vacas, ovelhas e qualquer animal de corte existe grande riqueza imensurável de animais silvestres como pássaros, lebres, gafanhotos, minhocas borboletas, abelhas… sem falar no adubo oriundo das fezes dos animais para o solo. Já numa plantação para consumo humanos qualquer espécie se torna uma praga.
    Para além disso, somos onívoros e negar isso é não aceitar a natureza. Acreditar que uma humanidade vegana seria o melhor para o meio ambiente além de ignorância e negação é uma atopia um sonho cor de rosa na mente desequilibrada de pessoas talvez por falta de nutrientes.

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