Um ano após firmar sociedade com o fundo da Arábia Saudita, o Saudi Agricultural and Livestock Investment (Salic), que fez um aporte de R$ 746 milhões por 20% do capital do grupo, o frigorífico Minerva planeja expandir seus negócios para a América do Sul.
Com unidades no Paraguai, Uruguai e Colômbia, o próximo passo dos controladores da companhia será entrar no mercado argentino – considerado estratégico para expansão do grupo na região.
A companhia está avaliando ativos no país vizinho para se consolidar na América do Sul. Fernando Queiroz, presidente do frigorífico, diz que a Argentina é um mercado importante no qual o Minerva pretende estar nos próximos meses. Queiroz não quis detalhar, contudo, se há negociações em andamento.
Há, neste momento, conversas em curso entre o Minerva e o sócio Salic para a criação de uma joint venture para atuar no Oriente Médio. Essa nova companhia passaria a importar produtos industrializados – não apenas carne bovina – para vender na região. A joint venture está em fase de implementação e deve demorar ainda seis meses para ser estruturada.
Aos poucos, o frigorífico brasileiro também quer deixar de ser uma empresa só com o foco industrial para ter uma atuação mais comercial. Para isso, o grupo comprou duas tradings pequenas – uma na Austrália e outra no Uruguai – para negociar carne de terceiros.
Ao contrário dos grandes concorrentes, como JBS e Marfrig, o Minerva não tem o BNDES como sócio e teve um processo de expansão mais conservador.
Em maio passado, o Minerva comprou, por R$ 205 milhões, a Frisa Frigorífico Rio Doce, que atua no Espírito Santo e na Bahia, onde o frigorífico não tinha presença. Segundo Queiroz, a aquisição desses ativos foi estratégica, uma vez que têm habilitação sanitária para exportar carne para importantes mercados.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.