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UE vai rever cota de importação de carne para beneficiar EUA

A União Europeia decidiu renegociar com os EUA uma cota de importação de carne bovina americana para acalmar Donald Trump. Isso enterrará de vez a possibilidade de o Brasil se beneficiar desse mecanismo para seus exportadores.

A questão envolve um acordo bilateral de 2009 que autoriza os EUA a exportarem 45 mil toneladas por ano de carne sem hormônios para a UE.

Oficialmente, a cota, com condições mais vantajosas para os exportadores, segue a lógica o “primeiro que chega é o primeiro que se serve”. Mas a UE elaborou requisitos técnicos que, teoricamente, seriam atendidos sobretudo pelos produtores dos EUA. Ocorre que outros países também conseguiram aproveitar brecha, como Argentina, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia.

O Brasil também tentou esse caminho. Apresentou documentos à UE para atender aos requisitos europeus, mas Bruxelas demorou a responder. Depois, no ano passado, veio a operação Carne Fraca, que fragilizou a reputação da carne brasileira na UE, de forma que o país não conseguiu ser habilitado para exportar por essa cota.

Agora, a ideia europeia não é ampliar a cota, mas examinar seu funcionamento para encontrar uma forma de garantir que o volume total de 45 mil toneladas seja de fato direcionada apenas aos EUA. Qualquer solução, contudo, precisará passar pelo crivo da Organização Mundial do Comércio (OMC). A Nova Zelândia já avisou que a cota é importante para seus exportadores.

Fontes europeias dizem que a negociação da cota da carne bovina com os EUA não vai afetar em nada a negociação UE-Mercosul, onde uma das questões é justamente a cota para os produtores do Cone Sul.

Fonte: Valor Econômico.

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