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UE: produtores questionam nível de exigência ao Brasil

A Associação Nacional de Carne Bovina (NBA) do Reino Unido pediu à Comissão Européia explicações sobre porquê seu departamento de saúde animal está sendo mais permissivo em relação à carne bovina do Brasil comparado a outros países exportadores. A NBA também questiona se a UE está convencida de que não há ração com materiais de risco especificado nos crescentes confinamentos brasileiros.

A Associação Nacional de Carne Bovina (National Beef Association – NBA) do Reino Unido pediu à Comissão Européia explicações sobre porquê seu departamento de saúde animal, DG Sanco, está sendo mais permissivo em relação à carne bovina do Brasil comparado a outros países exportadores.

A NBA também pediu garantias detalhadas e específicas de que a DG Sanco já está em processo de fortalecimento de sua conduta em direção à rastreabilidade bovina, controle da febre aftosa, padrões de bem-estar antes do abate e tempos de viagens para locais de abate do Brasil.

“O monitoramento relaxado da Comissão dos resíduos de esteróides e outros hormônios e controles veterinários relacionados à carne bovina brasileira é um bom exemplo dos favores permitidos ao Brasil, que estão direcionando as contínuas queixas da NBA”, disse o diretor executivo da NBA, Robert Forster. “Os exames anti-resíduos e veterinários que são justificadamente demandados para a entrada da carne bovina na União Européia vinda dos Estados Unidos são mais rigorosos do que os exigidos do Brasil, e estamos pedindo explicações das razões da Comissão para aceitar esses padrões mais baixos”.

A NBA também perguntou à Comissão Européia se está convencida de que não há ração com materiais de risco especificado nos crescentes confinamentos brasileiros que estão sendo construídos próximos de abatedouros.

A NBA quer garantias de que os tempos de viagem dos animais abatidos transportados das terras brasileiras para exportação cumprem os padrões da UE e estão sendo monitorados para abuso.

“No topo disso, queremos provar que as zonas de controle contra a febre aftosa instaladas após demandas da Comissão Européia estão corretamente monitoradas e que nenhum animal está deixando essas zonas para serem abatidos em abatedouros aprovados para exportação em zonas sem aftosa. Nós precisamos saber se os controles nas fronteiras brasileiras, particularmente com o Paraguai, são suficientes e se a Comissão está certa de que nenhum gado paraguaio é capaz de entrar no Brasil e ser oferecido como animal brasileiro aos compradores”. A reportagem é do site MeatNews.com.

0 Comments

  1. Sandro Eduardo Crespim disse:

    Eis aqui um exemplo do complexo sistema de defesa de interesses entre países, cujo objetivo é claro, criar ainda mais e maiores barreiras para a livre concorrência comercial.

    Reino Unido (entenda-se Inglaterra – Tony Blair) e EUA são parceiros estreitos em muitas áreas, com objetivos muitas vezes duvidosos: Iraque x petróleo x reconstrução…

    É óbvio que aspectos sanitários devem ser tratados com a máxima seriedade e rigor de controle, mas nunca usados como justificativa para interferir nas relações comerciais entre países.

    Desta forma, a única maneira de enfrentar este tipo de situação é através do fortalecimento do Ministério da Agricultura que deve ser capaz de comprovar nossa capacidade de garantir o estrito atendimento de requisitos sanitários estabelecidos pelos importadores e, principalmente, pelos empresários que precisam entender que o uso de práticas questionáveis serão usadas para justificar o erquimento e manutenção de tais barreiras “sanitárias”.

  2. Fernando Penteado Cardoso disse:

    A matéria é a mesma abordada por carta de 13/9. Agora acrescentaram o bem estar, o conforto dos animais e os esteróides. Nossa carne natural, saborosa e enxuta está incomodando os produtores europeus. Só que o volume e o preço deles não dão. Preparemo-nos para a luta comercial sem tréguas. Graças a Deus temos o Pratini na jogada. É isso aí minha gente! O binômio Nelore/Braquiária é imbativel!

  3. Fabio Martins Guerra Nunes Dias disse:

    Artigo: Respondendo ao Sr. Robert Foster sobre um eventual relaxamento do tratamento dispensado ao Brasil

    Seria interessante lembrar ao Sr. Robert Foster que a comercialização e o uso de esteróides em rebanhos bovinos é terminantemente proibida em todo o território brasileiro. Este fato, isoladamente, já configura uma realidade diametralmente oposta à situação americana, onde os esteróides são utilizados livre e abundantemente no processo de engorda bovina.

    Leia o artigo completo na seção Espaço Aberto.

    Fábio Dias
    Diretor Executivo da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores)

  4. Jean-Yves Carfantan disse:

    Interessante essa informação. Os pecuaristas europeus estão utilizado as últimas munições que têm para tentar frear o avanço da carne brasileira. Por sua vez, as autoridades públicas da UE sabem muito bem que esse avanço é necessário, até porque a União esta com déficit de carne.

    Vale a pena salientar que a partir de outubro de 2006 a Comissão Européia financiará estudos sobre o que seria o impacto da abertura do mercado europeu de carne bovina. Em geral, quando a Comissão começa a fazer isso, significa que os governos europeus já admitem que a perspectiva da abertura é inevitável.

  5. Henrique Bernardon Leonardi disse:

    Em poucas palavras digo o seguinte: Será que os países importadores estão avaliando como critério para impor barreiras, o fato de os principais frigoríficos exportadores terem se envolvido no processo de cartelização, impondo baixos preços ao produtor e que muitas vezes é essa atitude dos frigoríficos que levam o pecuarista a buscar alternativas como gado paraguaio e hormônios para tentar viabilizar sua produção?

    Henrique Leonardi – Zootecnista

  6. Rogerio Zart disse:

    Enquanto isto, na Alemanha, eles comem carne podre, com validade vencida há mais de quatro anos, conforme noticiado em 22/09/06.

    Sem dúvida, são barreiras sanitárias utilizadas para proteção de mercado, e, cabe a nós, utilizarmos a mesma moeda com seus produtos que aqui entram sem qualquer restrição e com taxas insignificantes comparadas aquelas que nos cobram.

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