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UE: ministros europeus descartam limitar subsídios

Ministros da Agricultura europeus se recusaram, nesta quinta (17/03), a limitar os subsídios oferecidos para as grandes fazendas. Na reunião, 19 dos 27 ministros presentes concordaram com as diretrizes gerais de um plano para reformas. O texto divulgado sobre a reunião afirma que há "uma boa base para avaliar um pacote legislativo" para uma reforma. No entanto, admite que houve "oposição significativa dos Estados" em limitar "os pagamentos diretos para grandes produtores individuais".

Ministros da Agricultura europeus se recusaram, nesta quinta (17/03), a limitar os subsídios oferecidos para as grandes fazendas. A discussão ocorreu durante uma reunião sobre a Política Agrícola Comum (Cap, na sigla em inglês), o programa agrícola de subsídios da região. Apesar da recusa, os ministros se comprometeram a redistribuir os recursos com mais equilíbrio entre produtores da Europa oriental e da Europa ocidental.

Na reunião, 19 dos 27 ministros presentes concordaram com as diretrizes gerais de um plano para reformas. O texto divulgado sobre a reunião afirma que há “uma boa base para avaliar um pacote legislativo” para uma reforma. No entanto, admite que houve “oposição significativa dos Estados” em limitar “os pagamentos diretos para grandes produtores individuais”.

O ministro da Agricultura da Hungria, Sandor Fazekas, cujo país ocupa a presidência rotativa da União Europeia (UE), afirmou que os ministros presentes na reunião concordaram com 90% das propostas de reforma da Cap. O resumo da reunião diz que “a futura Cap precisa continuar sendo uma forte política comum no que diz respeito ao orçamento da UE, que precisa receber recursos financeiros proporcionais ao que ele almeja”.

Alguns países membros da UE, especialmente o Reino Unido, costumam pedir cortes no orçamento da política agrícola, que atualmente equivale a 40% do orçamento total do bloco, ou quase 60 bilhões de euros (US$ 84 bilhões). No entanto, as discussões mais difíceis foram sobre como encontrar um novo equilíbrio entre subsídios aos países mais antigos da UE e os países que são membros novos, ou seja, que entraram no bloco depois de 2004.

O resumo diz que “a necessidade de distribuição mais justa dos subsídios diretos foi reconhecida, reduzindo por etapas sua relação com as referências históricas”.

Foi a primeira vez que a Alemanha, maior perdedor na redistribuição de subsídios, concordou em discutir as referências históricas. A Polônia, que absorveu 2,03 bilhões em subsídios da Cap em 2009, concordou em abrir mão de suas demandas para receber uma parcela fixa de subsídios.

A matéria é de Filipe Domingues, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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