UE: Excesso de produção de carne bovina em 2015 impulsionará exportações

Os estoques de carne da União Europeia (UE) estão crescendo diante de uma produção impulsionada pelos baixos preços dos grãos, boa demanda do exterior por cortes de qualidade nos últimos anos e um maior abate de bovinos leiteiros devido à queda dos preços do leite. Os pecuaristas estão sentindo a pressão e, com um câmbio favorável, as exportações europeias de carne seguirão crescendo esse ano, segundo técnicos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O relatório preliminar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou um crescimento anual de 30 mil toneladas nas exportações de carne bovina do bloco, para 340 mil toneladas esse ano. Seriam as maiores desde 2011. A UE está com poucas possibilidades de diversificar o mercado, tendo conseguido abrir novos mercados na região dos Bálcãs, África e Ásia, considerando que desde 7 de agosto de 2014, a Rússia proibiu a importação de carne bovina como parte das sanções impostas sobre compras de alimentos e produtos agrícolas devido ao conflito com a Ucrânia. O consumo doméstico no bloco está relativamente estagnado.

Quanto à produção, esse ano alcançará 7,7 milhões de toneladas, nível marginalmente maior do que o de 2015, acumulando assim o terceiro ano seguido de alta. Por outro lado, a produção de bezerros continuará aumentando. Considera-se que a eliminação das cotas leiteiras da Europa em abril do ano passado foi um dos principais impulsionadores do setor pecuário, ao expandir o rebanho de vacas leiteiras e de carne, considerando também os baixos preços dos grãos e a boa demanda do exterior por cortes de qualidade. As estimativas indicam um aumento de 50 mil cabeças que levará a produção para 29,6 milhões de bezerros, a maior desde 2012, quanto totalizou 29,8 milhões de cabeças.

Fonte: http://blasinayasociados.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.