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UE: consumo de carne deverá cair junto com a produção

A produção total de carne da União Europeia (UE) deverá cair 1,1% em 2012 e permanecer estável com um pequeno decréscimo de 0,1% em 2013, embora uma redução no consumo total de carne esteja prevista em 0,7% em 2012 e 0,4% em 2014, de acordo com previsões de curto prazo de fevereiro de 2012 da Comissão Europeia.

A produção total de carne da União Europeia (UE) deverá cair 1,1% em 2012 e permanecer estável com um pequeno decréscimo de 0,1% em 2013, embora uma redução no consumo total de carne esteja prevista em 0,7% em 2012 e 0,4% em 2014, de acordo com previsões de curto prazo de fevereiro de 2012 da Comissão Europeia.

O setor de carnes da UE em 2011 foi apoiado por um nível relativamente forte de demanda no mercado mundial, pela situação econômica global muito favorável. A demanda global de importação aumentou parcialmente como consequência de doenças animais relacionadas às menores ofertas em países do Oriente.

A oferta geral de carnes foi restringida pelos altos custos dos alimentos animais, apesar da colheita razoavelmente boa na UE, Estados Unidos, Canadá e Rússia. Como conseqüência, os preços mundiais aumentaram, o que contribuiu para a continuação do bom desempenho nas exportações europeias.

A previsão de consumo total de carnes na UE é de queda de 0,7% em 2012 e 0,4% em 2013. Somente a carne de aves mostrou ser resistente, com consumo crescente em 2011 e devendo aumentar mais durante o período previsto, considerando seu preço relativamente mais barato.

O consumo total de carne bovina e de vitelo da UE deverá cair nos próximos dois anos, influenciado principalmente pela menor oferta e altos preços. Nos últimos quatro anos, o rebanho bovino da UE decresceu continuamente e isso deverá persistir em curto prazo.

De fato, as ofertas de bois para engorda estão caindo, também devido à sustentada demanda de exportação de animais vivos. Então, a produção doméstica deverá cair de forma notável em 2012 levando a uma menor capacidade de exportação em 2012.

Os preços para as carcaças de todas as categorias e animais vivos deverão permanecer altos durante 2012 devido à oferta limitada e à competição por animais terminados comercializados mais cedo para compensar os altos custos dos alimentos animais.

No mercado mundial, os Estados Unidos e Austrália são os maiores fornecedores de carne bovina fresca e congelada, enquanto os países do Mercosul tiveram produção limitada durante 2011. No momento, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Turquia são mercados que permanecem importadores dinâmicos.

Principalmente devido à firme demanda de exportação de carne bovina e animais vivos da Rússia e da Turquia, a UE se consolidou como um exportador líquido em volume, apesar da tendência global descendente prevista para 2012. Em contraste, as importações de carne bovina e de vitelo deverão aumentar em 2012 como consequência da menor disponibilidade doméstica e recuperação gradual das importações dos principais fornecedores do Mercosul.

As incertezas relacionadas à produção e ao comércio originarão principalmente dos maiores custos de produção e investimentos e seu financiamento, de uma capacidade limitada de ajuste setorial com relação à volatilidade do mercado e às questões relacionadas à saúde animal (por exemplo, o vírus Schmallenberg nos setores de carne bovina e ovina). Os preços da energia e dos componentes de proteína dos alimentos animais e outros ingredientes essenciais da dieta animal vêm aumentando desde 2010 e deverão permanecer altos.

A reportagem é do Thebeefsite.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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