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UE avalia emissões de gases de efeito estufa de animais

A Comissão Europeia recentemente divulgou relatório chamado "Avaliação da contribuição do setor pecuário para as emissões de gases de efeito estufa da União Europeia (UE)". O estudo avaliou a importância da produção pecuária nos 27 países membros da UE e estabeleceu uma tipologia e zoneamento preliminares dos sistemas de produção pecuária e destacou os impactos positivos e negativos na biodiversidade. O trabalho até agora concluiu que é difícil quantificar o impacto da produção pecuária na biodiversidade, mas isso pode e às vezes tem um papel na conservação.

A Comissão Europeia recentemente divulgou relatório chamado “Avaliação da contribuição do setor pecuário para as emissões de gases de efeito estufa da União Europeia (UE)”, que começou a ser preparado em junho de 2008, disse o representante da Divisão de Carnes da organização de alimentos da Irlanda, Bord Bia, Mark Zieg.

Esse trabalho foi executado pelo Joint Research Centre do Institute for the Protection and Security of the Citizen (IPSC). O estudo avaliou a importância da produção pecuária nos 27 países membros da UE e estabeleceu uma tipologia e zoneamento preliminares dos sistemas de produção pecuária e destacou os impactos positivos e negativos na biodiversidade. Além disso, após essa fase preparatória do trabalho para quantificar as emissões na UE, será feita uma segunda fase. O trabalho até agora concluiu que é difícil quantificar o impacto da produção pecuária na biodiversidade, mas isso pode e às vezes tem um papel na conservação.

Os níveis de emissões de alguns dos principais mercados que vendem carne para a UE também foram avaliados. Isso inclui a avaliação do impacto das emissões de gases de efeito estufa na produção de carne de cordeiro da Nova Zelândia, carne bovina e de frango do Brasil, importadas pela UE.

Para a carne de cordeiro neozelandesa, as emissões foram estimadas em 33 quilos de CO2 equivalente por quilo de carne comprado pela Europa. A fermentação entérica é a maior contribuinte, com mais de 20 quilos de CO2 equivalente por quilo, seguida por esterco nas pastagens, com 7 quilos de CO2 equivalente por quilo.

No caso da carne bovina brasileira, as emissões de gases de efeito estufa foram calculadas em 80 quilos de CO2 equivalente por quilo de carne que chega na Europa. Entretanto, o perfil dos contribuintes totais diferem significantemente, com a fermentação entérica sendo responsável por 35 CO2 equivalente por quilo, o desmatamento das florestas tropicais para criação de gado contribuindo com 31 CO2 equivalente por quilo.

No caso da carne de cordeiro da Nova Zelândia e da carne bovina brasileira, o transporte para o mercado da UE é um fator menor em termos de emissões de gases de efeito estufa. Essa informação seria comparada com os produtos originários da UE na fase dois do projeto.

A reportagem é do TheBeefSite.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. ROBERTO SCHROEDER disse:

    Este tipo de publicacao atribuida a Comissao Europeia parece propositalmente tendenciosa. Como se pode colocar todo sistema produtivo de carne bovina brasileira dentro de um mesmo saco e imputar no calculo um valor relativo ao desmatamento equivalente a quase a metade do total das emissoes. Em primeiro lugar, as areas da Amazonia nao estao habilitadas a exportar para a Europa, o que leva que a carne brasileira que chega la nao venha diretamente destas areas. Da forma como eles provavelmente calcularam estas emissoes, todas as emissoes do desmatamento da Amazonia foram computadas para a producao de carne bovina em geral. Ou seja os bois nascidos e criados no Mato Grosso do Sul, Sao Paulo, Minas Gerais, Parana, Goias e Rio Grande do Sul, que nunca viram uma arvore da floresta Amazonica, levaram a culpa do desmatamento. Eles criam um link direto entre desmatamento e criacao de bois no Brasil, o que nao e verdade. Tentei achar esta publicacao na Internet, pesquisando obviamente tambem no site da Comissao Europeia, mas nao esta disponivel em lugar nenhum. Esta informacao, trazida do thebeefsite.com, tem origem num site do Irish Food Board, mas o relatorio nao esta disponivel la tambem. Qual o interesse deste tipo de publicacao? O que o consumidor europeu pensa, ao ver, numa comparacao simples e direta, que a carne de cordeiro da Nova Zelandia gera menos da metade das emissoes de gases de efeito estufa que a carne bovina Brasileira? O mesmo site que publicou esta informacao menciona que o mesmo relatorio sobre as emissoes da carne produzida na Europa vai ser publicado em breve. Estou curioso para ver o resultado.

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