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Uberlândia terá o primeiro Agro Shopping do país

Inspirado nas grandes feiras agropecuárias, que movimentam bilhões de reais em diversos polos e atraem milhares de visitantes — em um mundo sem pandemia —, será inaugurado em novembro o primeiro Agro Shopping do país. Com estrutura semelhante à dos centros comerciais “comuns”, o empreendimento, em Uberlândia (MG), reunirá lojistas e empresas o ano todo.

O shopping terá desde fabricantes de máquinas agrícolas, revendas de insumos e bancos financiadores do setor até opções de lazer ligadas ao agro, como o bar da cachaça Cabaré, do cantor goiano Leonardo. Também será palco de leilões e exposições da pecuária, terá espaço para coworking, escritórios de advocacia e lojas “normais”, como de roupas, espaço kids e supermercado.

“Ao invés desses comerciantes e empresários que expõem nas feiras ficarem itinerantes, ofereceremos um local fixo para eles expandirem seus negócios”, afirmou ao Valor o presidente do Agro Shopping Uberlândia e idealizador do empreendimento, Vinícius Ferraz.

Localização estratégica

A unidade tem 48 mil metros quadrados de construção, com térreo e primeiro andar, e 150 mil metros quadrados de terreno, com quase 3 mil vagas de estacionamento e heliponto. A três quilômetros do aeroporto da cidade mineira, situada em um ponto central no país e estratégico para a movimentação de empresários do agro, o Agro Shopping oferecerá transporte gratuito para os passageiros visitarem sua estrutura que abrigará até 1,6 mil lojas.

Unidade em Piracicaba

O lugar tem capacidade para receber até 25 mil pessoas por dia e poderá gerar 1,4 mil empregos. Cerca de 26% da área útil locável foi negociada em poucas semanas. A segunda unidade do Agro Shopping já está em construção em Piracicaba (SP), com 34 mil metros quadrados, e deverá ficar pronta em 2023.

A expectativa é que o Agro Shopping Uberlândia alcance um faturamento anual de R$ 96 milhões com ocupação média de 80%. Em 2019, pré-pandemia, o circuito das principais feiras do agro, como a Agrishow em Ribeirão Preto (SP) e a Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque (RS), movimentaram R$ 15 bilhões.

Digital x presencial

A pandemia, que forçou a suspensão de todas as feiras presenciais ao redor do país, passou de desafio para oportunidade e foi um “facilitador” para tirar do papel a ideia do shopping, disse Ferraz. Ele admite que o mundo digital está alterando a rotina dos produtores rurais, mas confia no sucesso de seu negócio.

Com passagens pelas centrais de abastecimento (Ceasa) do Distrito Federal, Minas, Paraná, Piauí e São Paulo, e a instalação de uma central em Angola, na África, Vinícius Ferraz levará o conceito desses ambientes para o shopping. “Criamos um setor com linhas imaginárias no chão, semelhantes às chamadas pedras nas feiras, para que o micro empresário possa montar um estande fixo com valor bastante convidativo”, revelou

Com experiência no mercado de abastecimento alimentar, Vinícius Ferraz aproveitou a estrutura de um shopping construído em 2015, que nunca foi inaugurado, para colocar em prática o projeto. O aluguel da área é por 50 anos e o investimento total chega a R$ 220 milhões.

Fonte: Valor Econômico.

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