Um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que, na Turquia, a crescente demanda por carne “continua superando o aumento na sua produção”. Esse ano, o governo do país habilitou as agências estatais a importar carne da União Europeia (UE), mas não conseguiu moderar a alta dos preços do produto. A isso, soma-se “a especulação dos membros do setor que impulsiona aumentos nos preços”, de forma que os consumidores “não verão alívio nos preços durante 2016”. A persistente pressão nos preços poderia levar a novos programas oficiais para o gado bovino.
A Turquia precisa de 1,3 milhão de toneladas de carnes vermelha por ano, com um déficit aproximado de 300.000 toneladas. O consumo per capita cresceu de 4,4 a 8,7 quilos nos últimos sete anos, apesar do aumento da demanda por carne de aves. A produção total de carnes vermelhas aumentou em 14,3% em 2014, chegando a 1,008 milhão de toneladas e a de carne bovina amentou levemente, para 882.000 toneladas. Apesar disso, os preços aumentaram em 28% entre janeiro e agosto de 2015, comparado com um aumento de 19% de janeiro a dezembro de 2014. Os produtores disseram que os altos preços dos insumos é uma das razões para os altos valores da carne.
Até 28 de novembro desse ano, as solicitações de exportações de bovinos à Turquia concentraram 66% do total medido em unidades físicas (126.835 cabeças) e 62,3% em dólares. No final de agosto, o Brasil foi autorizado a exportar gado em pé à Turquia.
Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.