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Transparência na comercialização de bezerros

Nessa entrevista em vídeo, Fabiano fala um pouco sobre a viagem ao Kansas/EUA, com destaque para uma forma interessante de comercialização de bezerros que observaram em um leilão na região.

Durante a Feicorte, realizada na semana passada em São Paulo, SP, conversamos com Fabiano Tavares, gerente de grandes contas ruminantes da Alltech. Ele acabou de retornar de uma viagem com clientes e parceiros, onde visitaram a pecuária de corte no estado norte-americano do Kansas.

Nessa entrevista em vídeo, Fabiano fala um pouco sobre a viagem, com destaque para uma forma interessante de comercialização de bezerros que observaram em um leilão na região.

O tatersal do leilão tem uma grande balança integrada e os animais são pesados em tempo real, durante a venda. O peso do lote e a média por animal é apresentado em um grande telão. Essa é uma maneira muito interessante de aumentar a transparência na comercialização de bezerros.

Temos conversado com muitas pessoas sobre a produção e mercado de bezerros no Brasil, sendo inclusive tema de um workshop e um curso online. Acreditamos que muito pode ser melhorado.

Assista ao vídeo e dê sua opinião, no espaço para cartas abaixo, sobre quais mudanças poderiam ocorrer na maneira com que bezerros e garrotes são comercializados no Brasil, visando o avanço do setor.


Muito obrigado. Contamos com sua participação.

O desenvolvimento deste projeto só foi possível graças ao apoio da Allflex, In Vitro Brasil e Pioneer Sementes, que confiaram no trabalho da Equipe BeefPoint e viabilizaram a produção das entrevistas gravadas na Feicorte 2010.

0 Comments

  1. Henrique de Freitas Tavares disse:

    Realmente, aqui no Brasil, precisamos encontrar uma forma precisa de comercialização de animais. Esta alternativa, nos EUA nos parece boa, pois o comprador está vendo ao vivo e em cores os animais com seu real peso na balança e assim transparece a mercadoria e não como ela é feita atualmente, onde o comprador vai pelo “achismo” do peso do animal.

    Esta forma de comercialização já tinha visto numa reportagem feita na Argentina, se não me engano na Feira de Liners.

    Aqui no Estado do Tocantins, na cidade de Paraiso do Tocantins – Capital do Bezerro, vou apresentar esta novidade aos leiloeiros daqui para que realmente se adequem a realidade na comercialização dos animais.

  2. Renato Campbell Rocha disse:

    A comercialização de bezerros por peso já é uma prática realizada no nordeste, espcialmente no estado Maranhão, porém exige alguns procedimentos de logísticas apropriados pois é necessário que o lote esteja de jejum. Para isso, os pecuaristas acertam que o lote permaneça no curral por um período aproximado de 20 horas para que ocorra o jejum e posteriormente (próximo dia) seja feito a pesagem dos mesmos. O preço praticado é por kg de carne que atualmente está por volta de R$ 5,25/kg. Para compras de grandes lotes esse procedimento é lento e muito trabalhoso.

  3. Alanderson dos Santos Balbino disse:

    Acho extremamente complicado a implantação deste sistema, ainda existe muito a compra por via “achismo”, lembro ainda, que a proporção de fazendas com balanças são muito pequenas no Brasil. O profissionalismo deve ocorrer de dentro pra fora das propriedades, quando todos falarem a mesma lingua o negócio passara a ser encarado de outra forma.

  4. José da Rocha Cavalcanti disse:

    Será que as pessoas se dão conta do que representa um jejum (principalmente hídrico) de 20 horas fora outras tantas que ficará no caminhão durante a viagem, na vida de um bezerro futuro produtor de carne?

  5. Ernane Carvalho Zaiden disse:

    Seria a forma correta, porém, pela lei do mercado entre a procura e oferta, acho que não é possível, pois na categoria do bovino, o bezerro é o animal mais procurado, consequentemente o mais valorizado; têm 1000 compradores para bezerros e 100 para garrotes.

  6. Rafael Henrique Ruzzon Scarpetta disse:

    Lembrem que comércio de bezerro não é apenas em leilões, e não é apenas o peso que se olha. Já comprei muito gado no peso, e quando compro na “perna” peso quando chega na fazenda, o valor por kg sempre é aproximado. Acho que transparência seria se os vendedores dos bezerros de leilões revelassem como foi o tratamento dos bezerros pré desmama, isso interfere muito no curto a médio prazo do desenvolvimento do bezerro que compramos.

  7. Christiano Justus Neto disse:

    Parabéns pela matéria, é sempre interessante saber o que criadores de outros países vem fazendo.
    A título de contribuição sobre o tema peso de animais aqui na região dos campos gerais Ponta Grossa e Guarapuava no Paraná é de praxe pesar os animais na chegada ao parque de leilões, nós trabalhamos no ramo tem 20 anos, essa prática já vem de longe, pesa-se todos, vacas, bezerros, bois, novilhas, no momento do lote em pista é divulgado o peso médio.

  8. Humberto de Freitas Tavares disse:

    A informação do peso vai ser apenas mais uma variável, favorecendo quem trata o gado com creep feeding e suplementação, desembarca pouco antes do leilão e exige água de boa qualidade nos currais. Técnicas essas de altíssimo retorno para quem vende gado de reposição, diga-se.

    O boiadeiro experiente, todavia, não cai facilmente nesta conversa, preferindo comprar aquele gado que, nas palavras rudes do leiloeiro, “tem caixa para muito mais” ou “tá sentida, mas bota ela num pasto bom procê vê o que acontece”.

    Para os mais técnicos este artigo traz muita informação boa:

    Managing Shrink and Weighing Conditions in Beef Cattle
    http://www.tulsamastergardeners.org/cgi-bin/redir.cgi?fsnum=3257

  9. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Outro excelente artigo:

    DON´T OVERLOOK COST OF SHRINK WHEN SELLING CATTLE
    http://www.cattletoday.com/archive/2008/September/CT1737.shtml

  10. joao jacintho disse:

    eu acho , q ninguem vende bezzerro, fora do preco, pelo contrario, acima do preco de @, isso so interessa , ao comprador , nao ao vendedor de bezerros , com @ a 100 reais.

  11. Sandro Bortoloto disse:

    Aqui em campo Grande – MS a leiloeira Correa da Costa Leilões, negocia em media uns 1000 animais por dia de segunda a quinta feira e todos são pesados quando descem do caminhão.
    Durante o leilão, em um telão são apresentados o peso e o valor por quilo, alem do valor do lance, ou seja, quando eu dou um lance de R$600,00 em um bezerro de 200kl o telão me mostra que estou pagando R$3,00 por kilo vivo. Fazendo uma conta rapida saberei ainda que a @ deste animal esta me custando R$90,00.

    Influenciados por esta pratica, varios negócios são realizados na fazenda através do kilo vivo, muitas vezes utilizando as medias dos leilões como base para a negociação.

  12. Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

    Olá Sandro,

    Muito interessante saber que já temos isso funcionando no Brasil.

    Obrigado pelo comentário.

    Abs, Miguel

  13. Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

    Obrigado a todos pelos comentários, muito interessantes e valiosos. Vamos fazer uma compilação e publicar um novo artigo.

    Se você tiver mais sugestões, comentários e informações, por favor escreva no espaço para cartas, que nos ajudará a preparar um material melhor.

    Um abraço a todos, Miguel

  14. Cassio Rodrigues Vieira disse:

    Como contribuição à discussão, em visita à Austrália, visitamos um recinto de leilões que comercializa animais por kg, porém com várias regras:

    – Os leilões são pela Manhã, normalmente acabam por volta das 10:00.
    – Os Animais chegam ao recinto durante o dia e ficam no curral com acesso à água e volumoso até as 19:00 horas.
    – Se o lote chegar no curral depois das 19:00 horas, ficará no curral no dia seguinte com água e volumoso e só será vendido dois dias depois (por exemplo, chegou na segunda feira até as 19:00 é vendido na terça, chegou na segunda às 21:00, fica a terça com acesso à água e volumoso até as 19:00 e é vendido na quarta).
    – Existem passarelas sobre os currais (semelhantes às passarelas de em currais de frigorífico), e são as pessoas que vão ao curral, os lances são por Kg, depois de definido o preço do kg o gado sai do curral e é pesado em uma balança coletiva.
    – O prazo é fixo, para dar agilidade ao leilão, são comercializados de 3.000 a 5.000 cabeças em 4 horas de leilão, com lotes de tamanhos variados, haviam lotes com 3 animais.

    Como os compradores sabem do potencial de ganho futuro dos animais, o preço do kg variava muito com a condição do lote, gado muito gordo saia mais barato por kg, gado magro saia mais caro por kg, além de outras variáveis como raça, idade, origem, etc…

    Nenhum método de comercialização é perfeito e vai atender a compradores e vendedores, porem vi nesta região o leilão como um centro de comercialização que é uma referência local, onde havia oferta de bezerros(as), garrotes, novilhas e vacas para abate, e haviam compradores de frigoríficos, confinamentos e recriadores.

    Abraços

    Cássio

  15. Louis Pascal de Geer disse:

    Creio que está chegando a hora para que os bezerros chegam diretamente aos pecuaristas que vão unificar as fases da recria e engorda destes animais e quem faz isto geralmente compra na fazenda criadora ou no maximo num leilão que englobe varias criadores conhecidos.

    O poder de agregar valor tende se realizar cada dia mais no boi que se enquadra plenamente nas exigencias dos mercados consumidores da carne e seus derivados onde um agio de 18 a 20 % sobre ” o preço do dia” é possivel para quem trabalha deste maneira.

    Quem compra bezerros para este situação não quer correr riscos desnecessarios, e sabe que cada dia conta a partir da compra dos bezerros e, por incrivel que parece, para eles o mercado de bezerros sempre foi a mais transparente possivel porque conhecem os produtos, os criadores, os sistemas de produção e devagarzinho os frigorificos tambem vão conhecer o valor dos varios criatorios e suas sistemas de produção porque quem realmente quer trabalhar com os dados quais podem ser obtidos na industria vai ter um ferramento poderoso nas mãos para ajudar os seus clientes e fornecedores de materia prima a obter um agio maior.

    Para mim, quanto mais o frigorifico pode pagar para os seus bois, mais contente podemos e devemos ficar tanto como fornecedor ou como industria.

    É sonhar? Uma utopia? Pode até ser para muitos mais alguns já estão conseguindo realizar este sonho e tornar a utopia num fato real!

  16. Joaquim Barbosa JUnior disse:

    Como gestor em propriedades de cria, acredito que vender nossos produtos no peso, seria a melhor meneira de chegarmos a um preço justo. Nunca podemos nos esquecer da qualidade genética de nosso rebalho. Parabens aos tecnicos que finalmente começam a balizar nosso negocio.

  17. renata correa santana disse:

    Vender os animais pelo quilo, tem sido a forma mais democratica de remunerar a genetica,e todo manejo bem feito nos animais, só assim ficamos incentivados a produzir bezerros cada vez mais pesados e que chegem ao abate mais cedo com melhor acabamento.

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