Argentina retomará exportações de carne aos EUA
29 de março de 2016
Criada câmara temática do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
29 de março de 2016

Transparência e cuidados com os animais são cruciais para a confiança do consumidor, mostra pesquisa

Somente 25% dos consumidores dos Estados Unidos acreditam firmemente que carne, leite e ovos que compram são derivados de animais que foram tratados de forma humana, de acordo com nova pesquisa do Centro para Integridade de Alimentos (CFI, sigla em inglês), que mostrou uma crescente lacuna entre os consumidores e os produtores rurais – e a necessidade de os produtores de alimentos fornecerem mais informações sobre seus esforços de cuidados com os animais visando construir confiança no sistema de alimentos.

Em um webinário realizado na semana passada, a gerente sênior de programa do CFI, Donna Moenning, destacou as descobertas da pesquisa de 2015 com 2.001 consumidores dos Estados Unidos – mães, especialistas em alimentos e millennials – explorando o papel que a transparência tem na confiança dos consumidores sobre aqueles que produzem seu alimento.

Os consumidores querem carne, ovos e leite de animais tratados de forma humana e “transparência não é mais opcional”, disse ela. Especificamente, 56% acreditam que a transparência com relação ao tratamento dos animais constrói confiança, mostrou o estudo.

Entre os seis tópicos – segurança alimentar, ética de negócios, impacto dos alimentos na saúde, bem-estar, mão de obra e direitos humanos, e impactos ambientais – as práticas de bem-estar animal estiveram entre as mais preditivas da transparência global, disse Moenning.

O CFI avaliou quatro indicadores ou atividades de transparência:

Politicas – o que a companhia deve fazer através de regulamentações, padrões

Práticas – quais as ações da companhia e como elas demonstram valores

Desempenho – registro do que a companhia faz e seus resultados

Verificação – validação externa, em muitos casos por auditorias de terceiros

Baseado no feedback dos consumidores, de maior importância esteve a capacidade de ver práticas das companhias ou dos produtores rurais, como vídeos que descrevem como os tratadores de animais são treinados e demonstram que eles compartilham a preocupação dos consumidores com bem-estar animal. Disponibilizar um sumário das auditorias ajuda.

“É uma coisa ter uma política, mas suas práticas – especialmente práticas ilustrativas – ajudam a direcionar a confiança”, disse Moenning, enfatizando que comunicar valores compartilhados com os consumidores é mais importante – pelo menos 5 vezes mais importante – do que simplesmente comunicar fatos científicos.

Quando questionados sobre onde a informação sobre bem-estar animal deve estar disponível, 39% disseram que em sites de terceiros independentes, 35% disseram que nos sites das companhias de alimentos, 19% disseram na embalagem do alimento e o restante disse que em códigos QR nas embalagens.

Quando solicitados para distribuir 100 pontos referentes à responsabilidade pela informação, as companhias de alimentos receberam a maior parte (49), seguida por produtores rurais (30), lojas de varejo (11) e restaurantes (10). Moenning disse que essa distribuição demonstra a distancia entre os consumidores e os produtores rurais. Os consumidores colocam mais responsabilidade nas companhias de alimentos, que associam mais de perto com a produção de suas proteínas.

Ela disse que as companhias de alimentos e as associações de produtores precisam unir-se em um esforço para comunicar as melhores práticas de cuidados com os animais e como essas práticas são verificadas.

Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress