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Tranquilidade no mercado do boi gordo, com escalas mais confortáveis e arroba estável

Mais um dia de estabilidade nos preços do boi gordo na maioria das praças brasileiras, mesmo diante da entrada de alguns lotes de animais do primeiro giro da engorda e das escalas de abate mais confortáveis em grande parte das indústrias frigoríficas.

“O cenário de certa tranquilidade na composição das escalas das indústrias continua, mas sem oferta suficiente para que as cotações do boi gordo cedam de maneira generalizada”, observa Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria.

Tal comportamento estável das cotações da arroba também mostra que os pecuaristas não estão dispostos a negociar os poucos lotes de boiada gorda disponíveis nas fazendas por valores abaixo do patamares atuais.

O encarecimento nos custos dos produtores, tanto da nutrição quanto da reposição, justifica essa posição de cautela em relação aos negócios, mesmo diante de um valor de arroba em patamar elevado nas principais regiões pecuárias.

Nas praças paulistas, o boi gordo segue negociado por R$ 315/@, a vaca gorda por R$ 294/@ e a novilha gorda a R$ 308/@ (preços brutos e a prazo), conforme dados apurados nesta quinta-feira, 22 de julho, pela Scot Consultoria.

Os animais destinados à exportação são negociados com até R$ 5/@ de ágio em relação ao boi comum – ou seja a R$ 320/@, em São Paulo, acrescenta a Scot.

Na avaliação da IHS Markit, o mercado brasileiro do boi gordo apresenta hoje um volume de negócios abaixo da média para o período.

A retração do consumo interno de carne bovina na segunda quinzena do mês (devido ao menor poder aquisitivo da população) e a contínua restrição de oferta de gado (apesar da oferta dos primeiros lotes de confinamento) são os principais motivos da morosidade nos negócios, acrescenta a consultoria.

Giro pelas praças – Nas regiões Norte e Nordeste, os negócios no mercado de boiada gorda estão mais ativos em relação ao restante do País.

Segundo a IHS, a oferta de animais terminados nas duas regiões é razoável, favorecendo as compras das plantas frigoríficas durante este período do ano – as escalas de abate giram em torno de 7 dias.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, relata a IHS, a situação atual é delicada. As plantas que atendem o mercado interno nas duas regiões permanecem praticamente fora do mercado.

Por sua vez, os frigoríficos que suprem a demanda externa são mais ativos nas compras de animais, com escalas ao redor de 5 dias.

Nas duas regiões brasileiras, os preços do boi gordo e da vaca gorda continuam firmes, em função dos altos custos de nutrição. Ao mesmo tempo, observa a IHS, a crescente demanda externa gera possibilidade de elevação dos preços da arroba.

No Sul do País, em especial no Rio Grande do Sul, a escassez de contêineres e o represamento de produtos nos entrepostos reduzem a demanda dos frigoríficos por animais terminados, informa a IHS.

Paralelamente, as novas geadas que atingem a região sulista e a chegada dos primeiros lotes de confinamento aumentam levemente a oferta de boiada gorda.

“Nesse cenário, é possível registrar quedas de preços no mercado do Rio Grande do Sul. Porém, os principais fatores para tal movimento estão relacionados aos problemas de escoamento e não pela maior facilidade de aquisição de bovinos para abate”, acrescenta a IHS Markit

Correções nos preços futuros – Nos contratos futuros do boi negociados na B3, houve registro de variações negativas significativas em quase todos os vencimentos.

Trata-se, porém, de um movimento de correção comum após três dias seguidos de valorizações – não indicando formação de tendência de baixa, observa a IHS.

Os negócios para outubro/21 e novembro/21 recuaram para R$ 323,70/@ e R$ 327,25/@, respectivamente.

O contrato de vencimento mais curto continua apresentando variações negativas, alcançando patamar mais próximo dos preços negociados no mercado físico em São Paulo – vale R$ 318/@ à vista.

No mercado atacadista brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos registraram alterações. Os cortes de traseiro, dianteiro e ponta de agulha apresentaram redução de R$ 0,50/kg, R$ 0,20/kg e R$ 0,50/kg, respectivamente. A vaca casada registrou queda de R$ 0,20/kg, informa a IHS.

As movimentações de queda deve-se à demanda irregular e ao volume excedente da proteína nos entrepostos.

Na avaliação da IHS, o mercado não espera cotações firmes até a primeira semana de agosto, criando especulações de novas baixas nos preços da carne bovina.

Cotações máximas desta quinta-feira, 22 de julho, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 303/@ (à vista)
vaca a R$ 289/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca R$ 292/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 284/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 325/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 335/@ (à vista) vaca a R$ 325/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 284/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO.

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