Devemos sempre ter foco em produção sustentável ambiental e também em produzir de forma economicamente viável – João Borges [Novilho Precoce]
17 de março de 2014
Egito, Azerbaijão e Geórgia interessados em importar gado em pé do Uruguai
17 de março de 2014

The United Steaks of América: Se cada estado dos EUA tivesse uma carne oficial, qual seria?

Por  L.V. Anderson, editora assistente da Slate. Editora das seções de alimentos e bebidas da Slate e colunista da Brow Beat’s. 

Os americanos adoram carne. De fato, comemos mais carne per capita do que quase qualquer outro país do mundo. (Luxemburgo nos bate em cerca de 14 quilos por pessoa por ano). Dessa forma, é de surpreender que somente quatro estados – Louisiana, Maryland, Oklahoma e Texas – classifiquem pratos à base de carne entre os alimentos oficiais do estado. E Maryland realmente não conta – seu alimento é o caranguejo azul, que mais parece um besouro comestível do que uma carne.

Felizmente, Oklahoma tem três refeições carnívoras – churrasco de carne suína, filé de frango frito e salsichas com molho. Ainda assim, são apenas cinco carnes e um crustáceo representando um país inteiro consumidor de carnes. Ao mesmo tempo, a lista de alimentos estaduais dos Estados Unidos contém aproximadamente 30 frutas (sete das quais são maçãs), 20 vegetais e cinco muffins. Agora, eu sei que frutas, vegetais e muffins são deliciosos. Porém, certamente eles têm um papel menor em nossa cultura nacional de alimentos do que hambúrgueres, hot dogs, bifes e churrascos.

Indignada com esse descuido e inspirada pelo esforço do meu colega John Levin para atribuir a cada estado um esporte, eu decidi atribuir uma carne para cada Estado dos Estados Unidos. Essa foi uma tarefa árdua – como escolher somente 50 entre os vários alimentos de origem animal americanos? Então, eu determinei a mim mesma algumas regras básicas.

1. Dois estados não podem ter a mesma carne. Sem essa regra, o mapa de carnes seria uma atrocidade de churrasco manchado de molho. Uma vez que uma preparação particular de carne é atribuída a um estado, nenhum outro pode ter essa mesma preparação. Isso não significa que cada estado tem sua própria espécie – uma vez que Illinois tem um bife porterhouse, o hambúrguer ainda está disponível para Connecticut.

Isso também não significa que cada estado tem seu próprio corte, necessariamente – algumas carnes (como hambúrguer) não estão associadas com um corte em particular. E alguns cortes (como a paleta suína) são tão versáteis que se encaixam em várias diferentes preparações, cada uma delas pode ser atribuída a um estado. Finalmente, para minhas propostas, diferentes tipos de salsichas contam como diferentes carnes.

2. “Carne” significa mamífero. Carne vermelha é o que faz com que os americanos tenham sangue vermelho. Frango, peixe e peru? Fora da mesa. A indústria de carne suína tentou classificar seu produto como “a outra carne branca”, mas esse mapa seguirá a definição do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA): carne suína é carne vermelha.

Naturalmente tenho que fazer algumas exceções a essa regra. Algumas carnes encarnam tão fortemente o espírito de certos estados que não poderia ignorá-las, mesmo que elas não venham tecnicamente de mamíferos. E há um grande estado populoso na Costa Oeste para o qual eu simplesmente não poderia pensar em uma única carne apropriada, de forma que fiz o meu melhor para arrumar um substituto.

3. Ensopados e sanduíches não são carnes por si só. Quanto mais apetrechos um prato de carne requer, menos provável de ele aparecer no mapa. Hopping’john e ensopados de pimenta e pimenta verde ainda são pratos de carnes altamente identificados com estados específicos – mas eles também contêm feijão, vegetais e outras pimentas, de forma que ficaram de fora.

Similarmente, muffuletta, apesar de deliciosa e não adequada para os vegetarianos, têm muitos retalhes e condimentos para ser considerada um tipo de carne. Hambúrgueres e hot dogs, no entanto, estão incluídos nesse mapa, porque são rei e rainha da cozinha americana e porque são carnes únicas, a única diferença é que são servidas no pão.

Essa, no final, torna-se nossa regra de ouro: trata-se de uma preparação característica da carne que é tradicionalmente servida como sanduíche ou com guarnições específicas, pode ser escolhida. Se a preparação requer muitos ingredientes vegetais para ganhar seu título, não estará nesse mapa.

4. Luxemburgo também ganhou uma carne. É o único país que come mais carne que nós. Vamos torná-lo membro honorário dos “United Steaks of America”.

Mapa de Jess Fink

Mapa de Carnes EUA

Alabama – Meatloaf (Bolo de Carne)

Sim, Alabama, eu sei que você tem churrasco. E seus frutos do mar da Costa do Golfo são absolutamente divinos, mas o melhor prato de carnes que caracteriza o Estado do Martelo Amarelo é o bolo de carne. Existem duas razões para isso. O bolo de carne do Alabama é praticamente o prato de carne com mais carne, contendo carne bovina moída, carne suína moída, presunto defumado e bacon. Outra razão, é que o bolo de carne é a melhor coisa para se obter nos restaurantes que servem um prato de carne acompanhado por três acompanhamentos de sua escolha.

Alaska – Caribu

Eu entendo que muitas pessoas do Alaska gostariam de esquecer sobre a existência de Sarah Palin, mas não posso esquecer a cena de Sarah Palin no Alaska, em que a ex-candidata a vice-presidência atira e mata um caribu por sua carne.

O estado no extremo norte contém cerca de 750.000 caribus silvestres e cerca de 22.000 são abatidos por ano. “O caribu é conhecido por ser magro e saudável e, acima de tudo, muito delicioso”, disse o vendedor de carnes do Alaska, American Pride Foods, onde os carnívoros curiosos podem pedir bifes, salsichas, ensopados e hambúrgueres de caribu.

Arizona – Carne assada

Bife de vazio marinado com alho, jalapeños e suco de limão e então grelhados, carne assada pode ser servida em tacos, burritos, nachos ou quesadillas, ou em cima de batatas fritas. Embora esse prato seja servido em todo o sudoeste americano, poucos levam isso tão a sério como as pessoas do Arizona. O Phoenix’s nomeia semanalmente “a melhor carne assada” todo ano. Esse tipo de dedicação à excelência é o que leva a carne a entrar no mapa.

Arkansas – Coelho

Pel-Freez Foods, o mais antigo e maior produtor de coelho doméstico da América, orgulhosamente chama Rogers, Arkansas, de casa. A Pel-Freez também tem uma divisão que vende tecido de coelho para laboratórios de pesquisa.

Califórnia – Tofu

É um fato bem conhecido que os californianos não comem carne, apenas tofu e couve. E incluir couve em uma lista de carnes estaduais seria ridículo.

Colorado – Carne de carneiro

O Colorado é o estado mais concentrado na engorda de cordeiros do país. Então, por que atribuir a carne de carneiro (ou seja, carne de ovinos adultos) ao invés da carne de cordeiro? Porque a carne de carneiro é dura e forte, assim como as pessoas do Colorado.

Além disso, eu queria uma desculpa para mencionar que o Colorado é o local de nascimento do “mutton busting”, um esporte no qual as crianças agarram-se às costas de ovinos pelo máximo de tempo possível e um dos usos mais criativos de animais desse mapa.

Connecticut – Hambúrguer

Vários estados reivindicam o primeiro hambúrguer, mas somente um estado tem apoio da Biblioteca do Congresso. Louis Lassen, dono da Louis’ Lunch em New Haven, colocou alguns pedaços de carne bovina em um pão em 1895 e mudou o curso da história dos americanos. Louis’ Lunch ainda é um negócio, ainda serve hambúrgueres e ainda afirma que “queijo, tomate e cebola são as únicas guarnições aceitáveis”.

Delaware – Scrapple

Delaware, um pequeno estado costeiro onde passam os trens Amtrak em uma rota de Nova York a D.C., é líder na produção de scrapple, um bolo feito de “carne, fígado, gordura, nariz e coração de porco, junto com farinha de milho, farinha de trigo, sal e especiarias”.

Florida – Jacaré

O jacaré é um mamífero? Não, não é. Mas a Flórida é um estado normal? Não, não é. A Flórida possui dúzias de processadores de carne de jacaré licenciados e eles podem lhe dar uma receita para cada ocasião.

Georgia – Ham hocks (ou joelho de porco)

É tecnicamente uma articulação da perna do porco, mas o ham hock é o coração da chamada soul food (comida de alma). Sem isso, os feijões e couves estilo do sul não teriam um sabor tão bom. E as pessoas da Georgia há muito tempo vêm comendo joelhos e outras partes suínas – bochechas, mandíbulas, pés.

Havaí – Spam

Os havaianos comem mais Spam per capita do que os moradores de qualquer outro estado. A carne enlatada da Hormel é servida em pratos de café da manhã, como sushi, em frituras, com macarrão. As raízes dessa obsessão excêntrica são complicadas, mas a decisão foi fácil: nenhum outro estado poderia reivindicar o Spam como carne oficial. (Somente para registro, nenhum outro estado tentou reivindicar isso).

Idaho – Iaque

Os iaques são criaturas majestosas parecidas com vacas nativas do Himalaia. Seus corpos são bem adaptados às altas altitudes e temperaturas frias de Idaho. As pessoas de Idaho comem sua carne desde os anos oitenta e noventa.

Illinois – bife porterhouse

A Union Stock Yards de Chicago costuma ser o epicentro da indústria frigorífica americana e hoje ainda é duro caminhar na cidade sem tropeçar em uma churrascaria.  E um bife excepcional, ou seja, “o maior e mais caro”, é o porterhouse. Em Gibsons, “the Chicago Steakhouse”, um porterhouse de 1,36 quilos custará US$ 99 e presumivelmente afastará a necessidade de comer novamente por vários dias.

Indiana – Lombo suíno

Ei, Alemanha, vocês acham que seu schnitzel é algo para se orgulhar, não é? Bem, Indiana não somente empana e frita seus lombos suínos, mas sim, empana-os e os frita profundamente. E então os serve em pão. Com fritas ao lado.

Iowa – Loose meat

O sanduíche loose meat é como um hambúrguer, exceto que ao invés de ser em formato de hambúrguer, a carne bovina moída é espalhada em todo lugar como se fosse um punhado de areia úmida. É o único sanduíche servido no Taylor’s Maid-Rite, uma instituição de Iowa.

Iowa também é o maior produtor de milho do país, com cerca de um terço desse produto indo para alimentar os animais, incluindo bovinos. O quão apropriado é que Iowa produza tanto o milho que torna a carne bovina macia e marmorizada e faça esse uso elegante e digno da carne.

Kansas – Burnt ends

Muitas pessoas de Missouri sem dúvida ficarão tristes pela atribuição dos burnt ends – as bordas duras do peito defumado que são defumadas uma segunda vez para se tornar “nuggets de churrasco de ouro” – ao Kansas. De fato, as burnt ends são mais conhecidas como um deleite de Kansas City, Missouri.

Porém, muitos conhecedores de churrasco disseram que os melhores burnt ends são servidos no Oklahoma Joe’s, que tem sede em Kansas City, Kansas, não Kansas City, Missouri. Oklahoma Joe’s foi classificado como “o melhor churrasco do mundo” por ninguém mais que Anthony Bourdain, e o perito em churrasco, David Plotz, disse que “Ok, os burnt ends do Joe’s são fantásticos”. Como Oklahoma Joe’s está no lado de Kansas da fronteira, Kansas tem os burnt ends, tecnicamente.

Kentucky – carne de cordeiro frita

Ei sei que você está pensando: “Oh, carne de cordeiro com fritas? Isso parece muito bom, mas por que não somente carne de cordeiro?”. Por que carne de cordeiro frita não é carne de cordeiro com fritas. As carnes de cordeiro fritas são testículos de cordeiros fritos e é uma especialidade da Bluegrass Region.

Louisiana – Andouille

Sem a salsicha grossa defumada, não haveria jambalaya. E sem jambalaya, Louisiana seria realmente Louisiana?

Luxemburgo – pescoço de porco

Judd mat Gaardebounen, o prato nacional de Luxemburgo, é um prato de feijões cobertos com fatias de pescoço de porco defumado. O pescoço de porco é um corte perto do ombro que raramente é usado nos Estados Unidos, de forma que estou mais do que feliz por atribui-lo a Luxemburgo.

Maine – Surf and turf

A carne designada ao Maine é uma ligeira violação das leis desse mapa (por conter frutos do mar), mas se encaixa no espírito desse mapa.  A lagosta é uma indústria de US$ 338 milhões por ano em Maine e um pedaço de carne não estaria completo nesse local sem uma lagosta ao vapor ao seu lado.

Maryland – presunto em lata

As pessoas de Maryland não inventaram o presunto curado com sal, nem parece ser seus consumidores mais entusiasmados – essas honras iriam para Carolina do Norte. Entretanto, as pessoas de Maryland decidiram fazer vários buracos em um presunto enlatado e enchê-los com couve, repolho e cebola, o que é muito alarmante para ser ignorado.

Massachusetts – Carne bovina assada (rosbife)

Kelly’s Roast Beef, uma instituição respeitável de Massachusetts, afirma que inventou o sanduíche de carne assada, dizendo: “Antes de 1951, ninguém nunca tinha ouvido falar de comer essa criação!”. Isso parece dúbio. (As pessoas assam carne desde que existem vacas e fornos.  Você está dizendo que nunca ninguém colocou essa carne no pão antes?). Porém, é certamente verdade que as pessoas adoram debater os méritos relativos de muitas lanchonetes de carne assada Kelly’s, Harrison’s, Nick’s.

Michigan – carne bovina enlatada

O Dinty Moore é um sanduíche deliciosamente nomeado, de forma que seu conteúdo pode, de fato, ser uma decepção: carne bovina enlatada, alface, tomate e molho russo. Se o Dinty Moore fosse a única contribuição de Michigan para a cultura da carne enlatada, eu hesitaria em atribuir essa carne a esse estado, mas Detroit também é o local do Grobbel’s, “o mais antigo especialista em carne bovina enlatada da América”.

Minnesota – Meatballs (almôndegas)

Minnesota tem mais cidadãos com ancestrais escandinavos do que qualquer outro estado. Como qualquer pessoa que já colocou os pés em uma cafeteria Ikea sabe, os escandinavos gostam de comer almôndegas. O que não é surpresa, as pessoas de Minnesota também gostam. Tradicionalmente uma mistura de carne bovina e suína, as almôndegas escandinavas são frequentemente servidas em molhos e acompanhando macarrão ou batatas. Elas não têm apenas um bom sabor, têm um sabor bom de Minnesota.

Mississippi – torresmo

Os torresmos, também conhecidos como cracklins, são conhecidos como pele suína – daí o nome de um dos maiores produtores de lanches de porco do Mississippi: Lee’s Pig Skins. Apesar de os torresmos serem vendidos no sul, os produtores do Mississippi realmente sabem como vender seu produto. O Lee’s Pig Skins promete ter um apelo aos “apetites mais exigentes”. E a Dixon’s/Central Snacks, outro produtor de torresmo suíno do Mississippi, garante, “Nossas peles suínas são processadas para ter os máximos estalos”.

Missouri – Costelinha de porco

É bem estabelecido que Missouri é o local para o ideal platônico de molho de churrasco: doce, picante, perfeito. Em parte devido ao apelo de seu molho, Missouri ganhou a honra de ser um dos pesos pesados da carne de churrasco: costelinha de porco.

É difícil imaginar melhor tratamento para as costelas do que o que eles fazem em Missouri: as defumam até quase soltar do osso e colocam sobre ela o molho pegajoso. Além disso, existe um corte de costelinha chamado de St. Louis que torna impossível escolher outra carne para Missouri.

Montana – ostras de Rocky Mountain

Alvo de piadas infinitas, as ostras de Rocky Montain – testículos de touro – são consumidas em todos os estados produtores de bovinos do Oeste, mas somente Montana tem um festival só sobre essa carne há 32 anos e continua tendo, e somente Montana tem um bom senso linguístico para chamá-lo de festival Testy Festy.

Nebraska – rib-eye com osso

Nebraska abateu 6.730.400 bovinos em 2012, se tornando o estado número um no abate de bovinos do país. O estado vende US$ 6,5 bilhões em bovinos por ano. Tem quatro vezes mais bovinos que pessoas. O ponto é que Nebraska pode muito bem ter uma seleção de pratos de carne bovina para chamar de seu.  Eu pensei que poderia ser o rib-eye, um dos cortes mais suculentos, macios e caros de carne bovina.

Nevada – Língua Bovina

Nevada tem uma população basca (do País Basco, Espanha) de tamanho razoável, e a culinária basca faz várias coisas interessantes com a língua bovina: faz em conserva, faz cozido, faz ensopado.

New Hampshire – Ombro suíno defumado

Ombro suíno defumado é a base do jantar de New England, um guisado muito apetitoso que também contém raízes de vegetais e repolho. Então, porque New Hampshire ficou com o ombro defumado e não um dos outros estados de New England? Porque esse processo de seleção foi modelado após as eleições presidenciais primarias e New Hampshire ficou em primeiro lugar.

New Jersey – Capicola

Pessoas proeminentes, embora ficcionais de Nova Jersey disseram tudo sobre o que se pode dizer sobre o ombro de porco maturado a seco italiano: “Gabagool? Aqui”.

Novo México – Carne adovada

O ensopado de pimentão verde é provavelmente o prato de carne mais famoso de Novo México, mas, como explicado em nossas regras, contém muitos vegetais para ser considerado carne. O ensopado de pimentão vermelho, por outro lado, é tão espesso que quase não é um ensopado, é apenas ombro suíno assado em uma incrível pasta de pimentão seco. O Novo México é o estado com a coisa mais próxima de uma culinária única e a carne adovada é uma das melhores ofertas.

Nova York – Hot Dog

No primeiro esboço dessa lista, coloquei o hot dog a Illinois. Depois, percebi que isso era insano. As primeiras salsichas vendidas na América foram supostamente vendidas em Coney Island pelo imigrante alemão, Charles Feltman. A cidade de Nova York é o local do concurso Nathan’s Hog Dog Eating Contest.

O hot dog é um símbolo tão potente de Nova York como a Estátua da Liberdade ou o Empire State Building. E a forma como os nova-iorquinos servem o hot dog – simplesmente com mostarda – é mais elegante e delicioso do que todos os molhos e queijos e pimentas que os outros estados colocam.

Carolina do Norte –Pulled pork (carne de porco assada)

Assim como as costelas no churrasco de Missouri, a pulled pork é cozida lentamente em uma grelha. Assim como a carne adovada de Novo México, a pulled pork é ombro suíno. Diferentemente desses dois, na Carolina do Norte o pulled pork é desfiado a mão, encharcado com molho de vinagre e servido com salada de repolho. O churrasco de pulled pork é um tesouro americano.

Dakota do Norte – summer sausage

As summer sausages são quaisquer salsichas que não requerem refrigeração. Você pode provavelmente encontrar uma grande variedade desse produto em um supermercado perto de você, não importa onde você está. Porém, essas salsichas são como o aperto de mão secreto das pessoas de Dakota do Norte, porque eles amam essa salsicha.

Ohio – Kielbasa (salsicha polonesa)

Não é surpresa, talvez, que um estado com uma forte herança polonesa ganhasse o título de kielbasa. Porém, é um pouco surpreendente como as pessoas de Ohio são obcecadas com a kielbasa. Há um evento culinário de kielbasa bienal em Toledo.

Há um vendedor online que promete que sua kielbasa tem “o sabor de Toledo”. Finalmente, há um sanduíche de Cleveland conhecido como Polish boy – pão recheado com kielbasa, batata frita, molho de churrasco e chucrute – que, apesar de seu nome, escandalizaria qualquer um que vive na Polônia (ou em qualquer local fora de Ohio).

Oklahoma – chicken-fried steak ou “bife frito como galinha”

Oklahoma e Texas têm força para ganhar chicken-fried steak, um bife frito servido com um molho. Porém, Oklahoma ganha por duas razões. Primeiro, Texas tem uma tradição muito forte de churrasco para sacrificar sua carne por um item que não seja churrasco. Segundo, o chicken-fried steak parece tanto de Oklahoma. É chato, é antiquado, é encantador.

Oregon – javali

O suíno selvagem tentou assumir Oregon e o estado declarou estação aberta a eles.  O que é uma boa notícia para os apreciadores da boa culinária: a carne de javali é tão local o quanto pode ser e você pode certamente declarar para os interessados que o javali viveu uma vida feliz até o momento em que foi baleado.

Pensilvânia – top round em fatias finas

O cheesesteak, sendo um sanduíche, não pode ser escolhido para a inclusão nesse mapa. Já o top round, sendo um dos cortes mais comumente usados de carne bovina nesse sanduíche, é perfeitamente elegível. Para um cheesesteak adequado, o top round precisa ser fatiado bem fino e grelhado no azeite (e não pense em colocar qualquer outro queijo que não seja provolone sobre ele!).

Rhode Island – Hot wiener

Um hot wiener não é a mesma coisa que um hot dog. Um hot wiener é menor do que um hot dog e tradicionalmente contém carne de vitelo e suína, não apenas carne bovina.

Carolina do Sul – costeleta de porco

Os Gullah, descendentes de escravos negros que viveram na Carolina do Sul, mantiveram a cultura diferente do resto da região. Parte dessa cultura envolve fazer o máximo com as costeletas de porco: enchendo-as, fritando-as e cobrindo-as com molho.

Dakota do Sul – Bisão

O bisão americano costuma percorrer o continente livremente. Hoje, existem apenas cerca de meio milhão que restaram e Ted Turner tem 50.000 deles. Independentemente, Dakota do Sul é o maior produtor de bisão do país e graças à percepção de que o bisão é mais saudável do que a carne bovina – e graças à recente popularidade da dieta paleo, as vendas estão muito boas.

Tennessee – bacon

Sim eu sei, todos querem que o bacon seja a carne de seu estado, mas somente um estado conseguiu isso e esse estado tem que ser o Tennessee. Afinal, o Tennessee é o local do Benton’s, amplamente considerado o melhor produtor de bacon do país. Ou, como colocou um jornalista do setor de alimentos, “Allan Benton é a estrela do rock do bacon americano”.

Texas – peito bovino (brisket)

O peito bovino é a base do churrasco do Texas. Sua simplicidade é mágica, requerendo apenas carne, sal, pimenta, fumaça e tempo. O fato de as pessoas fazerem peregrinações até Lockhart para provar esse corte em at Kreuz Market e Smitty’s é a prova do poder dessa carne defumada ser a mais famosa.

A prova final de que o Texas merece o peito, e não um estado onde as pessoas mais comumente refogam essa carne ao invés de defumá-la? A cidade de Nova York – cidade com a maior população de judeus no mundo fora de Tel Aviv – adotou o peito estilo Texas em seu próprio restaurante de churrasco Hill Country. Se os nova-iorquinos gostam do peito do Texas, o Texas deve estar fazendo algo certo.

Utah – Gelatina

Não é o que vem à mente quando se pensa em carne, mas a gelatina é tecnicamente um produto de carne – é feita de ossos cozidos e tecidos conjuntivos de vacas e suínos. Mais importante ainda, a gelatina é um alimento icônico de Utah. Os mórmons tornaram Utah um dos maiores estados consumidores de Jell-O do país. Jell-O é o snack oficial do estado de Utah e o senador Mike Lee faz degustações semanais de Jell-O de forma que seu escritório pode ser um local “onde os visitantes de Utah se sentem em casa”.

Utah tem uma carne inesperada: pastrami. Apesar de Apesar de a carne salgada ser de origem romena judaica, uma rede de Salt Lake City chamada Crown Burger fez um hambúrguer de pastrami – um hambúrguer com pastrami em cima – um local favorito.

Vermont – pot roast – carne assada

Pot roast era originalmente conhecida como Yankee pot roast. De acordo com E.B. White, “para os de New England, um Yankee é um Vermonter”. Q.E.D.

Virginia – presunto Country ham

O presunto defumado, maturado e curado em sal é produzido no sul. Porém, o USDA mantém a definição rígida de apenas um subtipo de country ham – o presunto Smithfield, feito em Smithfield, Virginia. Um estado que é tão orgulhoso de seu presunto que insiste que o USDA faça uma lei somente para ele? Esse estado merece que essa seja sua carne.

Washington – Salame

O estado de Washington tem direitos sobre o salame, porque Seattle é o local do Salumi, a renomada loja de carne curada fundada pelo pai de Mario Batali. A Salumi foi chamada de “Próprio tempo da carne de porco de Seattle” e suas carnes curadas “príncipes entre os produtos de carne suína”. Quando a Salumi abriu no final dos anos 90, a única forma para um americano conseguir carne italiana curada era pedi-las da Itália.

Washington, D.C. – Half-smoke

Assim como o hot wiener de Rhode Island, o half-smoke não é um hot dog. É uma salsicha defumada apimentada normalmente tendo partes iguais de carne suína e bovina e é dividida ao meio antes de ser grelhada.

West Virginia – Esquilo

Pessoas que nunca estiveram em West Virginia podem pensar que essa escolha é uma piada óbvia sobre os caipiras de West Virginia, mas não é! Algumas pessoas de West Virginia realmente caçam e comem esquilos.

Além disso, a região de Romney tem uma Festa do Esquilo anual e um jornalista do Washington Post que participou da festa em 2012 respondeu à pergunta que está na mente de todos: “Os pedaços da carne de esquilo no molho poderiam ser confundidos com carne de peru escura. Apesar de borrachuda, tem a riqueza do pato sem a sensação de gordura na boca”.

Wisconsin – Bratwurst

Os conhecedores da salsicha alemã Bratwurst dirão que existem vários tipos dessa salsicha na Alemanha e que são todas diferentes da de Wisconsin. Essa última é cozida na cerveja, servida em jogos de futebol. Só isso seria suficiente para atribuir da bratwurst para Wisconsin – mas Madison também tem sua autoproclamada Maior Festa do Brat do Mundo. Esse festival de verão de quatro dias é chamado de “Cele-Brat-ion”, o que totalmente sela o acordo.

Wyoming – Alce

Centenas de anos atrás, os americanos nativos vivendo no que agora é o Wyoming caçavam alces para suplementar sua dieta de sementes, vegetais e bagas. Hoje, chefs em Jackson Hole vendem medalhões de alces por US$ 32. Quanto mais as coisas mudam, mas permanecem as mesmas.

Por  L.V. Anderson, editora assistente da Slate. Editora das seções de alimentos e bebidas da Slate e colunista da Brow Beat’s. 

Comentário BeefPointDesafio aos leitores – vamos fazer o mesmo, para o Brasil? :-)

Fonte: slate.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress