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‘Temos que arrumar recursos’, diz ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou ontem que “precisa arrumar mais recursos” para o financiamento do setor produtivo, mas não indicou se conseguirá um aporte extra de verba para o crédito rural oficial junto à equipe de Paulo Guedes. O pedido é para resolver o que chamou de “bom problema”, causado pelo desembolso acelerado de crédito do Plano Safra 2020/21 e o esgotamento precoce de diversas linhas de investimentos.

Ela disse que a elevada rentabilidade da temporada pode fortalecer a aplicação de recursos próprios no campo. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reforçou a reivindicação de maior previsibilidade, com um plano de mais longo prazo.

“O Plano Safra foi um sucesso, tanto que as linhas praticamente já foram quase todas tomadas. É um bom problema. Precisamos arrumar mais recursos para que os produtores trabalhem e possam investir cada vez mais no seus negócios” disse Tereza Cristina durante um evento online com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).

Nesta semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a suspender os pedidos de financiamentos do Moderfrota, principal linha para aquisição de máquinas e implementos agrícolas, por conta do nível de comprometimento dos recursos. O Ministério da Agricultura disse que não vislumbra a possibilidade de remanejamentos de valores nos programa, pois o fluxo está forte em todas as categorias.

Diante desse cenário, a ministra conta com o bom momento do agronegócio para viabilizar novos investimentos. “Os preços estão bons, tomara que o produtor ganhe muito dinheiro. Nem sempre o lucro fica com o produtor, mas se ficar é bom porque ele investe recursos próprios no negócio e traz mais robustez ao agronegócio” destacou ela.

O presidente da CNA, João Martins, voltou a mencionar a proposta de criação de um Plano Safra Plurianual como solução para a previsibilidade de políticas públicas e recursos para financiamento do setor. “Estamos trabalhando em um projeto plurianual de safra, a ministra já tem conhecimento. Assim o produtor vai saber o que vai acontecer no ano seguinte e o governo poderá ter a expectativa do produtor também. Que seja um indicador de políticas públicas e de recursos”, afirmou no mesmo evento.

Fonte: Valor Econômico.

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