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Tecnologia bloqueia R$ 900 milhões em pedidos de crédito rural

O chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central (BC), Cláudio Moreira, afirmou nesta quarta-feira que a autoridade monetária bloqueou de março a junho deste ano cerca de R$ 900 milhões em pedidos de crédito rural que apresentaram falhas na prestação de informações de localização das propriedades beneficiadas.

Ele afirmou que desde 2015 o BC exige coordenadas de georreferenciamento para a fiscalização de certas operações de crédito rural, mas que a partir de março deste ano a autoridade monetária fez um investimento maior na tecnologia para identificar possíveis falhas nas informações prestadas. “De 2015 até agora, foi um período de correção e ajuste. A partir de março deste ano, fizemos uma crítica automática em todo o sistema”, disse.

Segundo ele, não necessariamente as operações bloqueadas representam fraude — podendo ser apenas erros na apresentação dos dados. “Não existe sistema infalível, mas hoje se tiver qualquer coincidência de coordenada geodésica, dá problema”, afirmou. Ele acrescentou que em alguns casos o BC comunicou o Ministério Público sobre os problemas encontrados.

Ele fez as declarações à imprensa ao explicar decisão desta quarta-feira do Conselho Monetário Nacional (CMN) que ampliou a exigência de coordenadas de georreferenciamento (geodésicas) para obtenção de crédito rural. Essa tecnologia agora é requerida em operações destinadas a custeio pecuário com taxas controladas e naquelas destinadas a todas as atividades rurais contratadas com recursos próprios livres dos bancos. Além disso, o tamanho da área dos empreendimentos em que esse registro deve ser feito pelos bancos foi reduzido de dez para cinco hectares.

Os dados de coordenadas geodésicas são usados pelo Banco Central, no controle das operações de crédito rural, e pelos bancos, na fiscalização da aplicação dos recursos liberados aos produtores rurais. “Cada vez mais estamos aprimoramento nosso controle usando a tecnologia. Antigamente tinha que olhar o contrato, ver no cartório se as matrículas não coincidiam. Isso era uma dificuldade imensa para nós controlarmos”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico.

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