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TecnoCarne 2007 evidencia crescimento da indústria da carne

A 8ª Feira Técnica Internacional de Produtos para a Indústria da Carne - TecnoCarne 2007 - reuniu no Centro de Exposições Imigrantes mais de 650 expositores que apresentaram seus produtos e serviços nas áreas de aditivos, ingredientes, embalagens, refrigeração, automação, transporte, higienização e equipamentos em geral. Além da troca de experiências entre profissionais ligados à indústria frigorífica de bovinos, suínos e aves, o evento possibilitou a atualização de profissionais do setor, com a realização de cursos técnicos e palestras, ministrados por especialistas. Mais de 25 mil visitantes conferiram os produtos e serviços das mais importantes empresas do segmento no Brasil e de países como Espanha, Dinamarca, França, Alemanha, Holanda, Ucrânia, Estados Unidos, Argentina e Suíça.

A 8ª Feira Técnica Internacional de Produtos para a Indústria da Carne – TecnoCarne 2007 – reuniu no Centro de Exposições Imigrantes mais de 650 expositores que apresentaram seus produtos e serviços nas áreas de aditivos, ingredientes, embalagens, refrigeração, automação, transporte, higienização e equipamentos em geral. Além da troca de experiências entre profissionais ligados à indústria frigorífica de bovinos, suínos e aves, o evento possibilitou a atualização de profissionais do setor, com a realização de cursos técnicos e palestras, ministrados por especialistas. Mais de 25 mil visitantes conferiram os produtos e serviços das mais importantes empresas do segmento no Brasil e de países como Espanha, Dinamarca, França, Alemanha, Holanda, Ucrânia, Estados Unidos, Argentina e Suíça.

Segundo Maria Antonia Ferreira, diretora do Grupo Dipemar, responsável pela organização do evento, a feira superou as expectativas. “Antes do início do evento, estimávamos um volume de negócios gerado com a feira em torno de US$ 220 milhões. Contudo, acreditamos que este volume chegue aos US$ 250 milhões”, ressaltou.

Um dos destaques da feira ficou por conta do Açougue Modelo instalado no estande do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas no Estado de São Paulo (SCVCFESP), que além de máquinas e acessórios de última geração, apresentou novo material com ação antimicrobiana para revestimento de paredes de câmaras frigoríficas, em uma área de 210 metros quadrados.

Neste mesmo estande, profissionais do setor de carnes participaram de cursos de atualização, como o de “Boas Práticas na Fabricação de Lingüiças, Hambúrgueres e Espetinhos”, ministrada por Ângela Dulce Cavenaghi, técnica da empresa Ibrac, convidada pela Casa Bonet (empresa que comercializa produtos para fabricação de embutidos há 35 anos), e que contou com 31 inscritos. Além de “Gestão Básica para Açougues e Casas de Carne”, ministrada por Cristina Garcia, consultora contratada pelo Senac, que teve a participação de 37 pessoas.

Rubens Portella, do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas de São Paulo, destacou a importância de uma aproximação cada vez maior entre açougueiros e instituições que promovem esses cursos. “A TecnoCarne permitiu essa aproximação que traz diversos benefícios, como a atualização dos profissionais do setor. Sem falar no 1° Curso de Gestão Básica para Açougues e Casas de Carne que oferecemos”, ressaltou.

Paralelamente à feira, foi realizado o 4° Simpósio de Industrialização de Carnes, no qual especialistas de universidades e Centros de Tecnologia, além de representantes de grandes empresas do setor debateram os avanços tecnológicos nacionais e mundiais na industrialização de produtos cárneos e as exigências para exportação. Mais de 200 participantes, entre gerentes industriais, engenheiros de alimentos, pesquisadores, estudantes e outros profissionais atuantes na área, se inscreveram no simpósio, na busca constante de atualização.

Consenso entre os expositores, a exigência do mercado por mais qualidade, produtos segmentados e com custos compatíveis com a renda do brasileiro, traz à tona a necessidade de renovação constante. Segundo Vincenzo Mastrogiacomo, empresário e consultor do mercado de carnes, para atender às exigências dos mercados interno e externo, toda a indústria está investindo em novas tecnologias. “Os players estão atentos às necessidades de aprimoramento para que a carne bovina chegue com segurança à mesa do consumidor”, afirmou.

Crescimento de mercado
Alguns dados comprovam o aquecimento no setor como um todo. De acordo com o Ministério da Agricultura, as exportações brasileiras do complexo carnes, por exemplo, representaram 27,4% das exportações do agronegócio brasileiro; entre janeiro e julho de 2007, somaram US$ 6,1 bilhões. Vincenzo Mastrogiacomo disse ainda que a previsão é que o Brasil amplie neste ano a participação no mercado mundial. “Assim, consolidaremos a liderança nas exportações de carne bovina em volume e receita”, acredita.

Equipamentos
Apenas o setor de equipamentos faturou R$ 28,9 bilhões no primeiro semestre de 2007, e também registrou aumento das exportações do segmento em 21% e o avanço das importações em 31%, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ao final da feira, os expositores deste ramo confirmaram o interesse dos frigoríficos em se preparar para um aumento de demanda, sempre procurando tecnologias que possibilitem maior eficiência, automação, segurança, com redução de custos.

Ingredientes
O setor de ingredientes não fica atrás. No Brasil, anualmente, 500 empresas são responsáveis pela fabricação de mais de 1 milhão de toneladas de ingredientes. As tendências neste segmento apontam para o lançamento de soluções em três vertentes: substituição de gorduras, sódio, e redução de calorias, visando atender à demanda dos consumidores mais preocupados com a saúde e às novas exigências dos órgãos governamentais para a produção de alimentos mais nutritivos; aditivos e ingredientes de origem natural, que também não necessitam de registro em embalagem; aditivos e novas tecnologias para conservação, proporcionando alimentos mais seguros no ponto de venda.

Mas, aliado a essas tendências, os fornecedores sabem que todas essas novidades devem vir acompanhadas de custos compatíveis para os fabricantes, e o mesmo sabor e prazer para o consumidor. Outra tendência é a criação de combinações e aromas que agreguem diferenciais e mais praticidade aos produtos finais. Outra questão colocada é a necessidade de atualização da legislação. A norma atual dificulta a adoção de soluções mais modernas e eficientes para conservação.

Embalagens
Segundo último balanço da Abre – Associação Brasileira de Embalagem, em 2006 o faturamento deste setor somou R$ 31,97 bilhões, ou seja, 1,53% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. O setor de embalagens é fundamental ao mercado de carnes, e aponta para o aproveitamento de tecnologias para diversas linhas, sempre visando mais praticidade e economia aos fabricantes e consumidores. Os expositores também aproveitaram a realização da feira para troca de idéias, aproximação e confraternização com os clientes).

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