Pantanal: um difícil equilíbrio capaz de agregar valor
10 de outubro de 2011
Assista o vídeo: ABIEC na Anuga/2011
10 de outubro de 2011

Superávit do agronegócio brasileiro ultrapassa EUA e é o maior do mundo

Além de ocupar as primeiras posições entre os maiores exportadores mundiais de produtos agroindustriais, o Brasil vem se destacando no comércio desses produtos também por outro motivo: tornou-se o país com o maior superávit comercial, à frente até mesmo dos EUA.

Além de ocupar as primeiras posições entre os maiores exportadores mundiais de produtos agroindustriais, o Brasil vem se destacando no comércio desses produtos também por outro motivo: tornou-se o país com o maior superávit comercial, à frente até mesmo dos EUA, que, embora continuem sendo o maior exportador mundial, passaram também à condição de grande importador de alimentos. Esta é mais uma notável contribuição do campo para o crescimento da economia brasileira e para situá-la, no setor da agroindústria, entre as mais destacadas do planeta.

Dados do Ministério da Agricultura mostram que, nos 12 meses encerrados em agosto, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro alcançou US$ 72 bilhões, resultado de exportações de US$ 88,3 bilhões e importações de US$ 16,3 bilhões. Esse valor é 22,9% maior do que o registrado nos 12 meses encerrados em agosto de 2010, de US$ 58,6 bilhões.

Nos 12 meses até setembro, o saldo do agronegócio americano foi de US$ 43,5 bilhões, bem menor do que o brasileiro. Observe-se, porém, que os EUA continuam sendo os maiores exportadores mundiais de produtos agroindustriais. O Departamento de Agricultura dos EUA estima que as exportações americanas alcançaram US$ 137 bilhões em 12 meses, 55% mais do que as exportações brasileiras.

Nos últimos anos, os EUA se tornaram também grandes importadores de alimentos. De cerca de US$ 40 bilhões no início da década passada, as importações agrícolas americanas passaram a US$ 94,5 bilhões. Nesse valor estão as compras de muitos produtos brasileiros, como açúcar, café e suco de laranja. As importações americanas de açúcar e café alcançaram US$ 13 bilhões em 12 meses.

O subsídio ao etanol de milho teve como efeito a forte absorção pelo mercado interno do grão produzido no país, o que conteve as exportações e o saldo do agronegócio americano. O estímulo à produção de milho, além disso, reduziu o plantio da soja e abriu espaço para a soja brasileira no mercado mundial. O resultado foi a redução da fatia americana nas exportações mundiais de produtos agrícolas, de 13% para 10,2% do total entre 2000 e 2009, e o aumento da participação brasileira, de 2,8% para 4,9%.

Por ter alcançado altos níveis de produtividade e de ocupação das áreas disponíveis, os EUA têm hoje menor capacidade de expansão de sua participação no comércio mundial do que o Brasil.

As exportações do agronegócio brasileiro continuam vigorosas. Em agosto, elas somaram US$ 9,84 bilhões, um valor recorde, 34,7% maior do que o de igual mês de 2010. Os grupos de produtos que mais contribuíram para o crescimento foram o complexo soja (aumento de 50,5%), complexo sucroalcooleiro (aumento de 45,2%), cereais, farinhas e preparações (aumento de 117,3%, mas sobre um valor exportado menor do que os dos dois grupos anteriores) e café (aumento de 48,8%). Esses quatro grupos foram responsáveis por US$ 2,1 bilhões dos US$ 2,5 bilhões de aumento das exportações do agronegócio entre agosto de 2010 e agosto de 2011.

Fonte: jornal O Estado de SP, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Mario Wolf Filho disse:

    TUDO LINDO E MARAVILHOSO, como o Brasileiro gosta dessa palavra o Maior do Mundo, mas os benificios que o setor gera para a Sociedade odos nos sabemos, mas a renda do Produtor com o CUSTO BRASIL ninguem fala.

  2. Maurício Carvalho de Oliveira disse:

    Que pujança, que solidez, que grandeza. Mas e esse tal custo BRASIL que tanto se fala. Quem viu uma reportagem da revista Exame, onde um reporter, de "carona" em um navio cargueiro, do Amazonas a Itajaí – SC, verificou que o mesmo teve que deixar para traz, em 13 dias de viagem, quase metade dos contêiners que deveria transportar??? E a burocracia asfixiante que somente acumula leis e portarias e é incapaz de modernizar o arcabouço de qualquer área do desenvolvimento???  E agora, agora mesmo, que a FAO acaba de publicar um relatório "A fome que escandaliza o mundo", onde diz que uma em cada sete pessoas no mundo não tem NADA para comer, ainda me aparece umas salvadoras das florestas INAS ILVAS, tentando descontruir nossa segurança alimentar construida com ciencia e empreendedorismo.  

  3. sady borges stella disse:

    Faço minhas suas palavras Fabrício. Imagine se o governo apenas não atrapalhasse…seríamos IMBATÍVEIS!!!!

plugins premium WordPress