Sul-coreanos lançam boicote à carne bovina dos EUA

Ativistas da Coréia do Sul lançaram na quinta-feira uma campanha nacional de boicote à carne bovina dos Estados Unidos, à medida que o presidente do país, Lee Myung-Bak, emitiu um alerta contra os violentos protestos, informou a Agence France-Presse (AFP).

Pelo menos quatro grupos de manifestantes denunciaram o Governo por permitir a distribuição de carne bovina dos EUA apesar das preocupações com a saúde pública.

“Nós certamente manteremos a carne bovina dos EUA fora de nossas mesas”, disseram os grupos. “Além dos protestos massivos, faremos uma campanha nacional visando evitar a distribuição e o consumo da carne bovina dos EUA”.

Um dos líderes dos ativistas, Kim Dae-Hoon, disse que os membros do movimento pedirão aos distribuidores, restaurantes e outros estabelecimentos que se unam ao boicote e se declarem como uma “Zona Verde” livre dos perigos da doença da “vaca louca”. Uniões de cerca de 40 grandes hospitais já garantiram que não permitirão o uso de carne bovina dos EUA.

A União de Professores e Educadores da Coréia (KTEWU) disse na quinta-feira que colocarão pôsteres em 9 mil escolas em todo o país e escreverão cartas para os pais dos estudantes os alertando sobre os perigos da doença da “vaca louca”.

Na quinta-feira, o presidente da Coréia do Sul pediu pelo fim das “demonstrações ilegais e violentas” contra as importações de carne bovina dos EUA, de forma que o país possa cuidar dos problemas econômicos. Ele disse que o Governo fará o máximo possível para garantir a segurança alimentar após a retomada das importações de carne bovina dos EUA.