O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu preocupação com o escoamento dos produtos agrícolas. “Precisamos de mais clareza no plano estratégico de médio e longo prazos não só para o escoamento da produção, mas também dos insumos básicos para a produção”, considerou, durante entrevista coletiva para comentar os números do 5º levantamento da safra de grãos realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com o ministro, a Região Centro-Oeste e, principalmente, o Estado de Mato Grosso continuam a ser um grande problema sob este ponto de vista. “O pior é que não enxergo solução, um plano estratégico para resolver a questão do Centro-Oeste”, criticou.
Stephanes disse que o problema é tão grave que os custos com o transporte de alguns produtos, como o milho, por exemplo, acabam sendo maiores do que o valor do próprio grão. “Isso mostra que o sistema de escoamento está inadequado”, argumentou. Stephanes ressaltou que a soja apresenta um quadro semelhante ao do milho e que, em breve, haverá problemas com a carne bovina também. “Desde o dia em que entrei neste ministério ouço falar da hidrovia Teles Pires-Tapajós e até hoje não vi, sequer, um estudo técnico para saber se ela é mesmo viável”, atacou.
O ministro disse ainda que os portos brasileiros não estão sendo aparelhados para atender às demandas nacionais. “Os problemas na área de escoamento são muito grandes”, resumiu. Indagado a respeito de quem seria a responsabilidade pelo atraso nessas melhorias de infraestrutura para a agricultura, Stephanes foi direto: “O Ministério dos Transportes e o de Portos e Vias Navegáveis.”
Conab
O ministro da Agricultura admitiu hoje que a Conab possui problemas estruturais e de comercialização, conforme apontou uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). “O assunto já era conhecido. O relatório do TCU está correto”, disse Stephanes, durante a entrevista coletiva sobre a safra de grãos de 2009/2010, quando esteve sentado ao lado do presidente da companhia, Wagner Rossi.
O ministro disse que os problemas dentro da empresa já são conhecidos e que a Conab já está trabalhando para solucionar as questões. “Há problemas com 10, 20 anos. Há também processos em andamento com essa idade”, argumentou o ministro, na mesma linha adotada pela assessoria de imprensa da estatal ontem, que pontuou os problemas verificados na empresa como anteriores à gestão atual.
“Na maioria dos casos, trata-se de questões estruturais da própria Conab. Não tem desonestidade ou corrupções neste caminho”, afirmou Stephanes, acrescentando que essas práticas, porém, já foram verificadas na estatal no passado. “Mas são coisas antigas.” O ministro enfatizou também, assim como a nota da companhia ontem, que a Conab se antecipará ao prazo de 90 dias a que tem direito para responder a todos os questionamentos do TCU.
A matéria é de Célia Froufe, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
This post was published on 10 de fevereiro de 2010
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Só vê os problema quando quebra a carroça, calculos estimativas, projetos que fica só no papel, é quem paga o pato é o Agronegócio, onde me refiro produtor, a se essa classe parar de vez!!!
Onde se vil colher o milho e o custo ficar só no trasporte, pq isso é trasporte e não logistica, pq se fosse realmente logistica estavos tudo serto. pq na logistica trabalha esse calculos esse custos de produção.