O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que não há indicativo de que uma greve dos caminhoneiros se confirmará, hoje. Segundo ele, a situação, no momento, é “próxima à da normalidade”.
“As informações que eu recebi hoje cedo e ao longo do fim de semana é de que a situação está sob controle e não está causando nenhum tipo de problema ao ‘ir e vir’ e questões de segurança energética”, afirmou.
Segundo ele, o governo tem mantido um diálogo permanente com a categoria. O ministro disse ainda que a greve não se confirmou porque as motivações que levaram à paralisação de maio de 2018 não se repetiram.
“As expectativas [em 2018] eram outras. Hoje há um novo governo e resultado. Estamos trabalhando com diálogo e transparência. As motivações da greve do ano passado não existem hoje. O problema é somatório de coisas, não o caso particular do combustível”, afirmou em relação à recente alta do diesel.
O ministro destacou que a situação ruim dos transportadores só se resolverá com a retomada do crescimento econômico e que o país já tem apresentando “índices que apontam para crescimento econômico de forma sustentável”.
“Evidentemente, todos da sociedade vão se beneficiar disso”, segundo o ministro, que aposta que, com o crescimento da economia, os caminhoneiros serão “absorvidos pelo mercado”.
O ministro participou de evento do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), no Rio de Janeiro. No local, ele disse que o governo ainda não decidiu sobre entrar ou não na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e reforçou que a privatização da Eletrobras deve ocorrer no ano que vem independentemente das eleições municipais.
“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não atrapalha. Mas vai demandar um trabalho de esclarecimento à sociedade muito grande”, afirmou.
O ministro rebateu críticas sob o ritmo de sua gestão . “Naquilo que depende da gente, tem sido o máximo que conseguimos entregar. Entregas têm ocorrido e outras dependem de outros poderes, que têm dinâmica própria”, afirmou, em relação à modernização do setor elétrico e à abertura do mercado de gás natural.
Questionado por jornalistas, ele descartou uma saída do cargo. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro não tem manifestado “nenhum desagrado” em relação ao seu trabalho.
“Quem tem que ficar satisfeito ou não com o meu trabalho é o presidente da República. Em relação a isso, ele nunca manifestou nenhum desagrado ao trabalho que vem sendo conduzido. Causa surpresa esse tipo de notícia, porque o ministério tem um diálogo permanente com todos os setores”, disse o ministro.
Albuquerque descartou trocar membros de sua equipe, mas disse que há espaço para que as pessoas apresentem contribuições e que, eventualmente, o ministério faça suas correções.
Fonte: Valor Econômico.