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Sindicato paralisa abates de bovinos no Uruguai

Em meio às negociações salariais e às discussões para proteger os trabalhadores da indústria frigorífica do departamento de Montevidéu e arredores contra a disseminação do coronavírus, o sindicato da categoria determinou a suspensão dos abates nos frigoríficos. A medida atinge a Marfrig, maior companhia privada do Uruguai, e a Minerva.

A paralisação determinada pelo sindicato teve início na quarta-feira e se estende até 8 de abril. A tendência, no entanto, é que os abatedouros de Montevidéu e região fiquem parados até o fim da semana que vem, voltando a operar dia 13.

Procuradas pelo Valor, Marfrig e Minerva não comentaram. No caso da primeira, a paralisação atinge os quatro abatedouros. Um deles, no departamento de Salto, já estava parado, em férias coletivas.

Na Minerva, duas plantas uruguaias estão paradas. O abatedouro de Carrasco foi paralisado na quarta-feira. A unidade da Canelones já estavam parada, em regime de “seguro de paro” — o governo arca com os salários no período — e assim continuará. Por outro lado, a companhia manteve o abatedouro Pul, mais distante de Montevidéu, em operação. De acordo com fontes, a companhia consegue manter 60% da produção no Uruguai a partir dessa unidade.

No ano passado, os frigoríficos uruguaios já enfrentaram situação delicada, e executivos da Minerva no país chegaram a reconhecer, em entrevistas à imprensa local, que tiveram prejuízo devido aos custos elevados do gado. As exportações de boi vivo aumentaram a concorrência pelos animais no país.

Agora, disse um analista, a queda da demanda europeia, um reflexo do coronavírus, também prejudica a indústria do Uruguai, que é reconhecida pelos cortes de carne maior qualidade que caracterizam as raças europeias de gado predominantes no país.

Fonte: Valor Econômico.

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