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Silagem de milho transgênico: o problema da área de refúgio

A partir do próximo mês, os pecuaristas começarão a se preparar para a próxima ‘safra de silagem’, adquirindo equipamentos e insumos, principalmente para as culturas anuais como o milho e o sorgo. Desse modo, será o momento de escolher o híbrido a ser plantado e, a maioria, fará a opção por materiais transgênicos, como vêm ocorrendo nos últimos anos no nosso país. Estima-se que mais de 70% das sementes de milho adquiridas no mercado brasileiro no ano passado eram transgênicas.

A partir do próximo mês, os pecuaristas começarão a se preparar para a próxima ‘safra de silagem’, adquirindo equipamentos e insumos, principalmente para as culturas anuais como o milho e o sorgo. Desse modo, será o momento de escolher o híbrido a ser plantado e, a maioria, fará a opção por materiais transgênicos, como vêm ocorrendo nos últimos anos no nosso país. Estima-se que mais de 70% das sementes de milho adquiridas no mercado brasileiro no ano passado eram transgênicas. A transgenia não é algo novo, contudo ganhou força na agropecuária nos últimos tempos. Ela nos propiciou indivíduos com características importantes, com destaque para as plantas que apresentam resistência às pragas. Contudo, o uso desta tecnologia nas fazendas requer cuidados especiais. Um dos mais importantes é plantio da área de refúgio, a qual deve ocupar cerca de 10% da área total cultivada com milho não transgênico, conforme exemplo na Figura 1. O refúgio é necessário porque irá manter insetos susceptíveis ao efeito ‘inseticida’ do milho transgênico dentro da população, prevenindo a resistência da praga e a preservação da tecnologia transgênica, ou seja, é algo vital para que continuemos cultivando o milho transgênico. Figura 1. Modelo de refúgio que pode ser utilizado quando um híbrido transgênico é cultivado. Contudo, quando nos deslocamos até o comércio para adquirirmos milho transgênico e não transgênico da mesma classe, ou seja, o mesmo híbrido, diferentes apenas de introdução de um gene, dificilmente nós os encontramos. Isso significa que as empresas estão disponibilizando o milho transgênico, contudo sementes do seu ‘irmão’, para serem utilizadas na área de refúgio, o produtor não consegue adquirir. Em geral, essa situação problema tem sido resolvida de duas maneiras. O pecuarista compra somente sementes de híbridos transgênicos e impacta negativamente sobre a tecnologia e o meio ambiente. Ou ele adquiri sementes de um híbrido de outra classe para compor o refúgio. Muitos poderiam pensar que a segunda opção resolveria o problema, mas ocorre que em uma lavoura de milho é impossível realizar os tratos culturais e o processo de ensilagem com híbridos de características diversas, muitas vezes, opostas. A cultura do milho possui uma janela de corte muito estreita quando utilizada como silagem. Utilizar híbridos de diferentes classes só dificultará o manejo. O produtor terá a opção de colhê-los simultaneamente e, quando isso ocorrer um dos talhões será cortado precocemente ou tardiamente. Ou colher 90% da área em um momento e 10% em outro, o que não é interessante porque as atividades se multiplicam. Empresas produtoras de sementes, abram os olhos! A tecnologia dos transgênicos poderá ter um fim, o qual será muito precoce, causado por um motivo que sequer deveria ter existido. Produtores, exijam das empresas a solução deste impasse. Será importante para a economia brasileira e para o meio ambiente nós utilizarmos indivíduos transgênicos de modo seguro e correto. Pensem nisso!

1 Comment

  1. Hildo Antônio disse:

    Isso é o que ocorre no mercado hoje em dia, exatamente igual.

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